Sem quórum mínimo na reunião de desembargadores para análise do recurso, presidente da Seção Especial Criminal adiou o encontro para dar o parecer; ex-prefeito tenta último recurso para não ser preso
Em sessão que durou quatro minutos, na manhã desta quarta-feira (23), o presidente da Seção Especial Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) adiou para 13 de setembro o julgamento do recurso que decidirá o futuro do ex-prefeito Gilmar Olarte. Ele foi condenado em maio a oito anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e apelou contra a sentença.
Dos 12 integrantes da Seção Especial Criminal, quatro se declararam impedidos de julgar o recurso e três faltaram à reunião, justificando a ausência. Sem quórum mínimo, sete desembargadores, a sessão foi adiada.
O julgamento, que seria a partir das 9h de hoje, ficou para às 10h do dia 13 de setembro.
Na Justiça estadual, esta é a última chance de Olarte não ir para a prisão.
Antes do julgamento, por duas vezes, a defesa do ex-prefeito tentou tirá-lo “da mira” do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Mas, no dia 24 de maio, ele foi julgamento pelo “golpe do cheque em branco”, investigado na Operação Adna, a primeira que teve o pastor evangélico e contador como principal alvo.
Olarte foi acusado de pegar folhas de cheque “emprestadas” de fiéis da igreja Assembleia de Deus, antiga Nova Aliança – daí o nome dado à operação –, e trocar por dinheiro com agiotas.
O prejuízo para as vítimas, conforme apurou o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), somou ao menos R$ 800 mil.
Para a acusação, o valor foi arrecadado para quitar dívida da campanha eleitoral de 2012, quando o pastor fundador da Adna em Campo Grande, candidatou a vice-prefeito na chapa de Alcides Bernal (PP).
Fonte: campograndenews
por: Anahi Zurutuza e Aline dos Santos