CAMPO GRANDE (MS),

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    23/08/2017

    Deputados criticam rumo da reforma política no Congresso Nacional

    Eles alegam que não haverá grandes mudanças nas regras

    Deputados Pedro Kemp, Beto Pereira, Eduardo Rocha e Rinaldo Modesto (Foto: Victor Chileno/ALMS)
    Os deputados estaduais criticaram o rumo que a reforma política está seguindo no Congresso Nacional. Eles alegam que mudanças mais profundas não serão aprovadas e que os debates sobre distritão e financiamento público, já estão seguindo para outro caminho, prevendo poucas mudanças da regra atual.

    "O pior modelo é o atual, que resultou em muitos casos de corrupção, faz parte de um processo apodrecido que precisa de alterações, o que não se pode é não fazer nadae parece que está seguindo para este caminho", disse o deputado Eduardo Rocha (PMDB).

    O peemedebista defende distritão - onde são eleitos os mais votados para o legislativo, ao invés do modelo de legenda - e o fundo privado de campanha, com regras mais duras para doação. "Se não tiver as mudanças, então que ao menos se aprove o fim das coligações proporcionais, para reduzir o número de partidos no País".

    Pedro Kemp (PT) disse que a reforma proposta é uma "grande frustração", já que os principais vícios na política devem continuar. "O que parece é que cada um lá em Brasília só está preocupado em regras para se beneficiar, e assim garantir a reeleição, o chamado distritão é um retrocesso, por isso defendo uma Constituinte para mudar as regras".

    Mara Caseiro (PSDB) disse que novamente a classe política tende a "decepcionar" a população, sem uma grande reforma nas regras eleitorais. "Não vai sair nada de lá (Câmara Federal), teria que existir uma reforma séria, mas parece que eles não têm coragem de grandes mudanças".

    Ela defende um teste com o "distritão", assim como o financiamento público, para evitar que casos de corrupção apareçam, nas doações privadas.

    Interesses próprios - Para Paulo Siufi (PMDB) "cada um está olhando para o próprio umbigo" e que estas mudanças deveriam ter sido debatidas com calma e não correndo, de última hora. "Tiveram tempo para mudar, agora querem fazer tudo de uma vez, mas cada um defende algo diferente, não tenho esperança para boas mudanças".

    Ele é a favor do distritão. "As pessoas querem no legislativo os mais votados, que é algo mais democrático". Sobre o fundo público de campanha, entende que deve ser uma verba já prevista no repasse aos partidos e não como está sendo defendido no Congresso.

    Voz solitária entre os colegas, Herculano Borges (SD) acredita que a melhor solução seja manter o sistema atual. "Defendo que siga o mesmo modelo, pois o distritão elege os mais votados, porém impede o surgimento e oportunidade de novas lideranças, e a política precisa de renovação".

    Fonte: campograndenews
    Por: Leonardo Rocha


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