CAMPO GRANDE (MS),

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    19/07/2017

    Moro manda bloquear R$ 606 mil de Lula

    Banco Central informou bloqueio de R$ 606.727,12 na terça-feira (18).

    © DR
    O Banco Central informou, na terça-feira (18), ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, que bloqueou R$ 606.727,12 do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) antes da sentença que condenou o ex-presidente, em outubro de 2016. O MPF pediu também o confisco de três apartamentos, um terreno e dois veículos.

    O despacho em que Moro autoriza o bloqueio do dinheiro é de 14 de julho deste ano.

    “Na sentença foi decretado o confisco do apartamento como produto do crime. Neste processo, pleiteia o sequestro de bens do ex-Presidente para recuperação do produto do crime e o arresto dos mesmos bens para garantir a reparação do dano. Este Juízo reputou prudente sentenciar o caso antes de decidir o pleito de constrição”, diz trecho do despacho.

    A quantia foi encontrada em quatro contas do ex-presidente:

    • R$ 397.636,09 no Banco do Brasil;
    • R$ 123.831,05 no Caixa Econômica Federal;
    • R$ 63.702,54 no Bradesco;
    • R$ 21.557,44 no Itaú.
    Lula condenado

    No dia 12 de julho, Moro condenou o ex-presidente a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Ele pode recorrer em liberdade.

    A acusação é pela ocultação da propriedade de uma cobertura triplex em Guarujá, no litoral paulista, recebida como propina da empreiteira OAS, em troca de favores na Petrobras.

    Na avaliação dos advogados que representam Lula, Moro teve atuação política na sentença. Esta foi a primeira vez na história que um ex-ocupante da Presidência foi condenado por um crime comum no Brasil.

    Depois da sentença, a defesa do ex-presidente, então, pediu esclarecimentos sobre 10 tópicos da decisão de Moro. Esse recurso apresentado chama-se "embargos de declaração" e é usado como instrumento por advogados para solicitar ao juiz revisão de pontos da sentença.

    Moro, então, negou que tenha havido omissões, obscuridades ou contradições na sentença.


    G1 PR, Curitiba
    Por Alana Fonseca e Bibiana Dionísio
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