CAMPO GRANDE (MS),

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    19/06/2017

    Caravina defende redução do número de parlamentares como forma de sobrar mais dinheiro para os municípios

    © Divulgação
    O presidente da Assomasul, Pedro Caravina, defendeu nesta segunda-feira (19) em entrevista ao programa Tribuna Livre, da FM Capital, uma ampla reforma administrativa no país, incluindo a redução do número de parlamentares, como forma de enxugar a máquina pública para que o dinheiro chegue realmente nos municípios.

    Na tarde desta segunda, no plenário da Assomasul, o dirigente têm reunião com integrantes da bancada federal (senadores e deputados), além de deputados estaduais, para discutir a possibilidade de reverter decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de extinguir zonas eleitorais em MS.

    Segundo ele, hoje o que existe é um pacto federativo cruel com a centralização de recursos no governo federal, obrigando os prefeitos a irem a Brasília de pires nas mãos em buscar de verbas extras para tocar a administração pública.

    Caravina lembrou que fez esse tipo de cobrança durante discurso ao participar da XX Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, no mês passado.

    O dirigente comparou o atual regime político do país a Monarquia, dizendo que o dinheiro fruto da arrecadação de impostos fica centralizado no Tesouro Nacional, em detrimento dos entes federativos - estados e municípios.

    “O governo federal empenha uma obra e não manda o dinheiro, aí o culpado são os prefeitos”, protestou, ao reforçar a tese de uma ampla reforma administrativa envolvendo nos poderes a fim de que a verba pública seja melhor distribuída no país, chegando realmente na ponta.

    Sobre a situação econômica atual, ele previu dificuldade de alguns municípios no fechamento das contas no fim do ano com a possibilidade inclusive de não se ter dinheiro sequer para pagar o décimo terceiro salário dos servidores públicos.

    Caravina disse que hoje a receita das prefeituras se divide em duas fases e que o melhor desempenho é no primeiro semestre.

    “A partir de julho, até outubro, a receita começa a cair por conta da restituição do IR (Imposto de Renda)”, explicou, referindo-se aos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), constituído de parte do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e do IR.

    Diante disso, o presidente da Assomasul comentou que tem aconselhado os prefeitos na contenção de gastos.

    Apesar disso, Caravina previu melhora na situação financeira do país porque, segundo ele, a população tem acompanhado, participando mais por meio das redes sociais, entre outros fatores que têm contribuído para tais mudanças.


    Fonte: ASSECOM
    Por: Willams Araújo
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