Líderes do PSDB e do Governo na Assembleia Legislativa do Estado acreditam que o deputado estadual, Paulo Siufi (PMDB), vai repensar sobre sua decisão e não vai sair da base. Já o peemedebista reafirma sua posição declarada, ontem, de deixar o grupo de apoio ao governo e adotar uma postura independente.
A cisão ocorreu depois de desentendimento com o colega Beto Pereira (PSDB), que não deu parecer para votação, na sessão de terça-feira (9), do projeto de Siufi, que institui o piso salarial dos farmacêuticos de Mato Grosso do Sul. A proposta ficou para ser votada nesta quarta (10).
Líder do governo no Legislativo, o deputado Rinaldo Modesto (PSDB), acredita que, “depois que a poeira baixar”, Siufi vai repensar sua decisão, pois foi tomada no “calor da emoção”, e deve permanecer na base aliada.
“Neste primeiro momento, é importante o Siufi conversar com os integrantes do PMDB. Em um segundo momento, o chamarei para conversar para tentar remediar a situação”, disse Rinaldo, embora também defenda que cada parlamentar tem o direito de definir uma posição.
“Essas divergências dentro da base não interferem na votação de projetos importantes do governo, entendo que, nestes casos, até a oposição segue junto quando tem diálogo”, afirma o líder do governo.
Líder do bloco tucano, Beto Pereira pensa da mesma forma que Rinaldo. “Não acredito que o Siufi saia da base e entendo que, depois dessa discussão, ele deve permanecer no bloco do PMDB e também da base”.
Paulo Siufi, porém, reafirma sua decisão tomada ontem. “Mantenho minha posição em sair da base, porque não me senti protegido pelos integrantes durante a discussão do projeto ontem”, diz. “Mesmo assim, vou continuar defendendo o governo nos projetos que eu entender serem bons para o Estado, mas terei uma postura independente a partir de agora na Assembleia”.
O deputado peemedebista lembra também que, desde seu primeiro dia na Assembleia, se colocou como integrante da base, muitas vezes defendeu o governo em discussão com a oposição.
“Vou conversar com o Reinaldo, às 16h30, na governadoria. Lembro que não foi por esse motivo meu rompimento, mas o governador também sabe que sou a favor da candidatura de André ao governo”, disse Siufi, alegando que a base deu uma “desandada”, pois em alguns momentos faltou quórum na votação de projetos do Executivo.
Foi retirado – No fim, o projeto que institui o piso salarial dos farmacêuticos foi retirado da pauta do Legislativo. De acordo com os deputados, a prerrogativa de tomar essa decisão é do Executivo, portanto, do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Fonte: campograndenews
Por: Richelieu de Carlo e Leonardo Rocha