CAMPO GRANDE (MS),

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    09/01/2017

    Justiça determina sigilo no processo de PRF que matou empresário

    Segundo advogado do policial, pedido foi feito pela própria polícia

    Caso é investigado na 1ªDP de Campo Grande - Arquivo

    Processo envolvendo o agente da Polícia Rodoviária Federal, Ricardo Moon, vai correr em sigilo, conforme determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O PRF é acusado de ter matado o empresário Adriano Correia do Nascimento depois de briga de trânsito, no Centro de Campo Grande. O crime aconteceu no dia 31 de dezembro. 

    O advogado de Moon, Renê Siufi, explicou ao Portal Correio do Estado que o pedido pelo sigilo não partiu da defesa. “Deve ter sido solicitado pela própria delegada que cuida do caso”. 

    Renê disse ainda não ter definido a tese da defesa porque o inquérito sobre o caso está em andamento. 

    “Estamos aguardando o relatório. Vamos examinar o inquérito e decidir o que vamos fazer. Se vamos entrar com algum pedido no tribunal. Precisamos aguardar para ter uma posição mais concreta”, finalizou. 

    O CASO

    O empresário Adriano Correia foi morto pelo policial rodoviário federal, atingido por cinco disparos, segundo a perícia. Ele sofreu duas perfurações no tórax, uma na costela e outra no braço direito. O crime aconteceu enquanto vítima e dois familiares retornavam de uma casa noturna onde foram comemorar aniversário.

    Informações da Polícia Civil apontam que Ricardo Moon teria disparado pelo menos sete vezes. O caso ocorreu na Avenida Presidente Ernesto Geisel, entre a Rua 26 de Agosto e a Avenida Fernando Corrêa da Costa, quase em frente à Capela da Pax Mundial. No cruzamento da 26 com a Ernesto Geisel, peritos apreenderam sete cápsulas de pistola, e mais uma perto do veículo da vítima. 

    VERSÃO DO POLICIAL

    A assessoria da PRF em Mato Grosso do Sul afirmou que, na versão do policial preso em flagrante, ele teria tentado abordar a caminhonete Toyota Hilux conduzida por Adriano Correia, que teria desobedecido e avançado com o veículo na direção do agente. Diante da ocorrência, o policial, que dirigia uma Mitsubishi Pajero, teria perseguido a vítima e efetuado os disparos em seguida.



    Fonte: CE
    Por: MARESSA MENDONÇA
    Link original: http://www.correiodoestado.com.br/cidades/campo-grande/justica-determina-sigilo-no-processo-de-prf-que-matou-empresario/295223/