04/01/2017

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Forte chuva faz com que Lagoa Itatiaia transborde e inunde rua

Motorista resolveu arriscar e passar em rua alagada (Foto: Fernando Antunes)

Devido a forte chuva que atingiu Campo Grande na tarde desta quarta-feira (04), a Lagoa Itatiaia, localizada no bairro Tiradentes, região leste da Capital, transbordou, e o volume de água encobriu a por completo a rua Bráulio de Souza, esquina com a rua Francisco de Paula Souza.

“Quando chove a situação é essa, tudo inundado. Fica difícil, porque a gente tem que atravessar e não sabe se tem algum buraco embaixo de toda essa água”, avaliou o pedreiro Valter Garcia da Silva, 58 anos, que mora no bairro Estrela Parque e passa pelo local todos os dias para ir e voltar do trabalho.

A dona de casa Maria Diniz, 61 anos, resolveu arriscar e passar pela via alagada. “Foi a primeira vez que fiz isso porque estava em cima da hora, mas estava com muito medo. Aqui é bem ruim porque qualquer chuvinha alaga e tudo fica tomado pela água”, contou.

(Foto: Fernando Antunes)

Cratera em obra inacabada

No bairro São Lourenço, próximo ao Tiradentes, a cratera aberta em uma obra inacabada na rua Estrela do Mar, próximo a avenida Marquês de Lavradio, não sofreu alterações com a chuva. No entanto, telas de sinalização foram colocadas para evitar que motoristas se acidentem no local.

“É perigoso passar por ali, tenho medo de que o asfalto ceda ainda mais. Tempos atrás caí em outro buraco e o prejuízo foi de R$ 560 para arrumar o problema na suspensão”, opinou o barbeiro Matheus Kemp Borges, 19 anos, que trabalha próximo a cratera.

Chuva

De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, foram 23 minutos de chuva em toda a cidade. Na região do Tiradentes choveu 18,8 milímetros. Outras áreas tiveram balanço divulgado, sendo 20,3 mm na Vila Neusa; 22,8 mm na região do bairro TV Morena, 33,3 mm nas Moreninhas, 24 mm na avenida Afonso Pena, próximo ao Shopping Campo Grande, e 0,5 mm no Alphaville.

“O calor e umidade provocam áreas de instabilidade e chuva em pontos isolados”, explicou Natálio. Conforme o meteorologista, a frequência de chuva dificulta que o solo faça a absorção da água. “Se chover novamente, ocorrem os alagamentos”, finalizou.