Sérgio Cabral chega ao Rio de Janeiro e é levado para Bangu

Cabral desembarcou no Aeroporto Tom Jobim na tarde deste sábado (17). Ele será levado novamente para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.

Sérgio Cabral desembarca no Galeão (Foto: Reprodução TV Globo)

Preso, o ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, desembarcou no Aeroporto Tom Jobim (Galeão), após aproximadamente 1h30 de voo de Curitiba para a capital fluminense, na tarde deste sábado (17). Cabral deixou a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, por volta das 10h. Ao chegar no Rio, nesta tarde, Cabral foi levado para o Instituto Médico Legal, na Leopoldina.

O ex-governador, que havia sido transferido para a carceragem em Curitiba por supostamente receber regalias em presídio no Rio, agora retornará a Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste da cidade, por determinação da Justiça Federal. Ele veio ao Rio em um avião da Polícia Federal, que deixou o Paraná por volta das 12h.

A decisão pelo retorno ao Rio de Janeiro foi tomada na sexta-feira (16) pelo desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. O magistrado considerou, em caráter liminar, que não havia fundamentos suficientes para comprovar que o ex-governador tenha recebido regalias no período em que permaneceu preso em Bangu.

Cercado por agentes da PF, Cabral retorna a Bangu 8 (Foto: Reprodução TV Globo)

Sérgio Cabral foi preso no dia 17 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Calicute, que apura fraudes em licitações do governo fluminense. Segundo as investigações, o grupo liderado pelo ex-governador recebeu propinas de diversas empreiteiras, incluindo a Andrade Gutierrez e a Odebrecht.

Na quinta-feira (15), Cabral, a mulher dele, Adriana Ancelmo e outras cinco pessoas foram denunciadas à Justiça Federal de Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato. O Ministério Público Federal (MPF) aponta que o grupo pode ter cometido crimes como corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro.

De acordo com o MPF, o grupo teve envolvimento no pagamento de vantagens indevidas a partir do contrato da Petrobras com o Consórcio Terraplanagem Comperj, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.