CAMPO GRANDE (MS),

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    19/12/2016

    Delação da Odebrecht descreve caixa 2 para chapa Dilma-Temer em 2014

    Há pelo menos um depoimento da Odebrecht que descreve uma doação ilegal de R$ 30 milhões para a campanha presidencial de 2014

    Temer e Dilma: delação da Odebrecht descreve pagamento de caixa 2 Lula Marques/Agência PT

    Uma parte da delação da Odebrecht à força-tarefa da Operação Lava Jato descreveu o pagamento de caixa 2 para a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), na eleição presidencial de 2014. Os relatos estão documentados por escrito e gravados em vídeos.

    Em pelo menos um depoimento, há a descrição da doação de R$ 30 milhões para a campanha da coligação “Com a força do povo”.

    As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

    Os executivos da Odebrecht delataram a situação em depoimentos ao Ministério Público Federal (MPF). Esses R$ 30 milhões são equivalentes a 10% do total arrecadado oficialmente pela campanha.

    As delações podem repercutir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que está apurando o abuso de poder político e econômico na campanha daquela chapa.

    Caso sejam constatadas irregularidades, o processo pode levar à cassação do peemedebista e à realização de eleições indiretas em 2017 – se a cassação ocorrer na primeira metade do mandato, a eleição é direta.

    “Traços de fraudes”

    Na semana passada, o Ministério Público Eleitoral (MPE) informou ter encontrado “fortes traços de fraude e desvio de recursos” ao analisar as informações colhidas com a quebra do sigilo bancário das gráficas Red Seg Gráfica, Focal e Gráfica VTPB, contratadas pela chapa Dilma-Temer.

    Na avaliação da força-tarefa do TSE, o relatório da Polícia Federal reforçou as conclusões obtidas com a perícia contábil realizada anteriormente nas gráficas, que já havia encontrado problemas na emissão de notas fiscais e na subcontratação de outras empresas para o fornecimento de bens e serviços à chapa presidencial eleita em 2014.
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    Histórico

    A ação contra a chapa Dilma-Temer foi proposta logo após as eleições de 2014 pelo PSDB com o argumento de que teria havido abuso de poder econômico. À época, já havia acusação de uso de recursos desviados da Petrobras, alvo de investigação da Operação Lava Jato.

    A defesa da ex-presidente nega irregularidades. A defesa do presidente argumenta que as contas de campanha de Dilma e Temer eram independentes.



    Fonte: Gazeta do Povo


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