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| “Quem um dia foi rei nunca perde sua majestade” ex fanfarristas alguns dos integrantes da épica fanfarra da Escola Paroquial São José presentes no 2º encontro que aconteceu no clube de Subtenentes e Sargentos (Toca). |
Amizade não tem idade, distância, pois a verdadeira amizade não se apaga com os anos, mesmo que esses amigos de escola se distanciem para realizar seus sonhos e ideais, os caminhos podem ser diferentes, mas as boas memórias dos bons tempos de escola de juventude permanecem dentro de cada um basta um motivo para despertar a vontade de rememorar estes eventos que marcaram toda uma geração fronteiriça.
A escola Paroquial São José foi uma das principais unidades educacionais da fronteira com sistema privado (particular), escola tradicional primeiramente com educadores sendo os mesmos eclesiásticos, padres e freiras (irmãs) da ordem redentoristas.
A escola se localizava na Avenida Brasil travessa com a Rua Tiradentes, por décadas formou alunos que se tornaram profissionais nas mais diversas áreas dentro e fora da cidade, dentro de suas atividades extracurriculares de destaque, a sua fanfarra marcou época e fez história.
Em 1978, através de apoio e incentivo do Professor Isaac Borges Capillé ocorreu na cidade o primeiro concurso oficial de fanfarras em Ponta Porã, pois anteriormente eram meramente apresentações e desfile. O troféu transitório foi uma doação do Grupo Fazendas Itamarati.
O Professor Issac Borges Capillé foi o percussor de fanfarras do município, criando a primeira fanfarra do Ginásio São Francisco na década de 60 e incentivando outras unidades escolares a formar suas fanfarras, educador, político e desportista que marcou história na fronteira, ele escreveu a letra do Hino do Município de Ponta Porã, um poema a princesinha dos ervais.
Relembrar é viver, já dizia o poeta, e assim foi o segundo encontro dos ex-alunos integrantes da gloriosa Fanfarra da Escola Paroquial São José, que ao longo das décadas emocionou as famílias fronteiriças, esse encontro de gerações cheio de histórias, lembranças revividas harmoniosamente por todos aqueles que participaram desta segunda grande festa temática em branco e azul.
Emoção a flor da pele um êxtase de memórias felizes, de amizade e amores que se perpetuam por décadas, namorados que se conheceram na fanfarra e continuam juntos, que se tornaram pais e avós, muitos amigos se reencontrando, lembranças de uma época que ficou guardada dentro de cada integrante, uma frase que ecoava em toda direção “você se lembra”, como esquecer! Daquele dia de ensaio de concurso, a Escola Paroquial São José sempre foi uma segunda casa, uma segunda família.
A fanfarra unia todos como uma grande família, não existia diferença, distinção de classe, raça e crédulos, não era fácil fazer parte desta fanfarra muitos queriam, mas poucos conseguiam a cobiçada vaga, vestir o uniforme era um orgulho, em dia de concurso o mar branco e azul invadia a avenida arrancando aplausos de quem presenciava o desfile impecável, os toques mágicos e únicos emocionavam todos.
Lembranças felizes de amigos que partiram cedo, mas deixaram marcas em cada integrante não estavam fisicamente presentes, mas na memória de cada um sempre serão lembrados. Este ano os fanfarristas prometem fazer ainda mais bonito no desfile da semana da Pátria através da Ong Amigos Para Sempre, muita emoção e surpresas estão por vir neste segundo ano.
Agradecimentos a todos que se fizeram presentes neste segundo encontro, um jantar dançante feito com todo carinho e dedicação pelos organizadores e patrocinadores, ao fantástico show da cantora fronteiriça que agitou os fanfarristas Nadielly Lobato.
A todos meus amigos fanfarristas, minha singela homenagem, deixo registrado nas linhas neste pequeno texto minha gratidão meu carinho por todos e muito orgulho de um dia ter participado desta família da Fanfarra da Escola Paroquial São José.
“Se não puderes ser uma estrada, Sê apenas uma senda, Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela. Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso Mas sê o melhor no que quer que sejas.” Pablo Neruda
