Nomeação de ministro que criticou Lava Jato, é atribuída a Renan. 'Não irei indicar, sugerir, endossar, recomendar e nem mesmo opinar', disse.
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| presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) - Arquivo |
O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota nesta segunda-feira (30) na qual afirma que não indica nomes para ocupantes de cargos no governo do presidente em exercício Michel Temer.
Na nota, Renan Calheiros diz que não vai "indicar, sugerir, endossar, recomendar e nem mesmo opinar sobre a escolha de autoridades" no governo Temer.
A escolha do ministro da Transparência e Controle, Fabiano Silveira, é atribuída a Renan. Chefes regionais do ministério começaram a entregar os cargos nos estados, em protesto. Servidores e organizações como a Transparência Internacional pressionam pela saída do ministro depois que reportagem do Fantástico revelou gravações nas quais Silveira critica a Operação Lava Jato e dá orientações a Renan Calheiros e ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado – ambos são investigados na operação, que apura esquema de corrupção na Petrobras. A conversa foi gravada por Machado, novo delator da Lava Jato, em 24 de fevereiro.
De acordo com a assessoria de imprensa do senador, embora não mencione o nome do ministro, a nota diz respeito a Silveira.
Segundo o Blog do Camarotti, Fabiano Silveira é “um homem” de Renan Calheiros no governo do presidente em exercício Michel Temer, que estaria enfrentando um “dilema” para afastar Fabiano do ministério.
"Independentemente de sermos do mesmo partido e das convergências em nome do Brasil, tive oportunidade de externar ao Senhor Presidente da República que a indicação de nomes é incompatível com a independência entre os Poderes da República", afirmou na nota o presidente do Senado e do Congresso.
Nota
Leia a íntegra da nota divulgada pela assessoria de Renan Calheiros
NOTA PÚBLICA
Em face das especulações, reitero de maneira pública e oficial que não irei indicar, sugerir, endossar, recomendar e nem mesmo opinar sobre a escolha de autoridades no governo do Presidente Michel Temer.
Independentemente de sermos do mesmo partido e das convergências em nome do Brasil, tive oportunidade de externar ao Senhor Presidente da República que a indicação de nomes é incompatível com a independência entre os Poderes da República.
Nos dois encontros que mantivemos defendi, como já o fiz publicamente, que minha contribuição se dará a partir de agendas e programas. Essa é a melhor maneira de colaborar para superarmos a grave crise atual.
Senador Renan Calheiros
Presidente do Congresso Nacional
Do G1, em Brasília
