Com o depoimento da principal testemunha a dúvida: a cor do carro usado pelos pistoleiros (imagem gravada por Fernando Soares, morador da região) |
O funcionário de Oscar Goldoni, que estava com ele no dia em que foi morto com tiros de fuzil no centro de Ponta Porã, deverá prestar novo depoimento por causa de divergências nas informações por ele prestadas, com as que foram colhidas no local do crime. O ex-deputado estadual e federal e ex-prefeito da cidade, foi morto com tiros de fuzil 556 quando deixava a sede do Detran e se preparava para entrar em sua caminhonete, no final da manhã da última terça-feira (15). Ele reagiu, disparando 10 tiros da pistola que carregava.
A principal divergência é com relação a cor do carro usado pelos pistoleiros. No local do crime, a polícia obteve a informação de que o homem que atirou estava em uma caminhonete de cor escura. Já o funcionário afirma que a cor era vermelha. Segundo o delegado regional da Polícia Civil de Ponta Porã, Clemir Vieira Júnior, é normal a testemunha ser ouvida novamente, isso ocorre de acordo com o andamento das investigações.
Ele disse que o depoimento não ajudou muito do ponto de vista do esclarecimento do crime. O funcionário de Goldoni apenas falou como ocorreu o assassinato, como os pistoleiros agiram. A polícia prossegue ouvindo outras pessoas e realizando diligências. Os policiais também procuram imagens das câmeras de segurança das ruas na região onde ocorreu o assassinato, na tentativa de identificar o carro e a partir daí levantar informações que possam levar aos criminosos.
A principal linha de investigação é de que o crime estaria relacionado a uma briga de Oscar Goldoni com os irmãos Fábio e Fabrício Moresco. Segundo a polícia, a informação é de que eles estão no Paraguai, desde a época em que sofreram atentados. Fabrício foi atacado quando estava no Paraguai e o seu motorista foi baleado, no dia 20 de junho deste ano. Já no dia 3 de agosto, o irmão dele, Fábio, sofreu um atentado no centro de Ponta Porão. O motorista dele acabou morrendo no local.
Conforme consta nos boletins de ocorrência, nos dois episódios os Moresco afirmaram que o mandante das tentativas de homicídio era Oscar Goldoni. O ex-prefeito foi ouvido e negou. A divergência entre eles estaria relacionado a uma desavença comercial. A vítima teria retomado na Justiça a fábrica de refrigerantes Vô Kiko, que estava em poder dos irmãos Moresco, e eles passaram a brigar por conta da dívidas.
O corpo de Goldoni foi enterrado na tarde de ontem no Cemitério Cristo Rei, em cortejo que saiu da Prefeitura e foi acompanhado por equipes da polícia.
Fonte: campograndenews
Por: Paulo Yafusso
Link original: http://www.campograndenews.com.br/politica/divergencia-de-informacao-deve-levar-funcionario-de-goldoni-a-novo-depoimento