Alunas da escola são José Década de 60 Com a irmã salesiana, Freira Margarida - Foto: Arquivo pessoal Vergínia Cuevas Pereira |
A Escola Paroquial São José fundada na década de 40, foi uma das principais unidades educacionais da fronteira em seu tempo, com sistema privado (particular), escola tradicional primeiramente com educadores eclesiásticos, padres e freiras (irmãs) da ordem redentoristas.
Desfile cívico década de 60. Avenida Brasil ainda sem pavimentação - Arquivo pessoal de Gene Whitmer |
A escola se localizava na Avenida Brasil travessa com a Rua Tiradentes, por décadas formou alunos que se tornaram profissionais nas mais diversas áreas dentro e fora da cidade, dentro de suas atividades extras curriculares de destaque, a sua fanfarra marcou época e fez história dentro e fora do município e estado.
Escola Paroquial São José década de 50 localizada na avenida Brasil - Foto divulgação web |
Em 1978, através de apoio e incentivo do Professor Isaac Borges Capillé ocorreu na cidade de Ponta Porã o primeiro concurso oficial de fanfarras, pois anteriormente eram meramente apresentações e desfile. O troféu transitório foi uma doação do Grupo Fazendas Itamarati.
Fanfarra São José se preparando para entrar na avenida sob o comando do maestro Geraldo Portiolli. Década de 80 - Arquivo de Marcelo Camburão |
O Professor Issac Borges Capillé foi o percussor de fanfarras do município de Ponta Porã, criando a primeira fanfarra do Ginásio São Francisco na década de 60 e incentivando outras unidades escolares a formar suas fanfarras, uma destas a Fanfarra da Escola Paroquial São José, educador, político e desportista que marcou história na fronteira, ele escreveu a letra do Hino do Município de Ponta Porã, um poema a princesinha dos ervais.
Troféu transitório que ficou de posse definitiva pra Escola Paroquial São José |
A Taça (copa) era transitória, só podendo ser adquirido permanentemente depois de três títulos consecutivos ou cinco alternados. Campeão do primeiro ano em 1978 foi à antiga Escola Batista, no segundo ano em 1979 foi Escola Mendes Gonçalves, e sobre o comando do maestro Geraldo Portiolli em 1980, 1981 e 1982 a escola Paroquial São José sagrou se Tricampeã desta maneira ficando com a posse definitiva da Taça, que está exposta na galeria de inúmeras conquistas desta gloriosa escola.
Na imagem dos anos 80 a famosa Belina, carro do maestro Geraldo Portiolli - Foto divulgação web |
No decorrer dos anos 80 a fanfarra São José conquistou vários títulos no concurso municipal de fanfarras, participou de concursos e apresentações nacionais e internacionais primeiramente sobre o comando do maestro Geraldo Portiolli quarto lugar no concurso nacional de fanfarras em São Paulo (SP) 1983, depois passou ser comandada pela maestrina Eliana Ramos, se destacando apresentação no desfile de Assunção Capital do Paraguai, e várias apresentações em Pedro Juan Caballero, bicampeonato 1989 e 1990 no encontro brasileiro de fanfarras em Jaraguá do Sul (SC) o Estadual em Campo Grande em 1990, o quarto lugar no brasileiro de fanfarra de 1992 em Goiânia (GO). Enumerar ou falar de todos os títulos conquistados por esta fanfarra e seus componentes seria redundante sua gloria estará sempre registrada na memória histórica da região fronteiriça e de todos que um dia fizeram parte desta grande família da Escola Paroquial São José.
Concurso de Fanfarra em São Paulo - Escola São José 1983 - Arquivo pessoal Marcelo Camburão |
O mar branco e azul que invadia a Avenida nas apresentações era formado por mais de 110 componentes da percussão e metais, mais de 40 na comissão de frente e corpo coreográfico chegando a ter cerca de 150 em todo o conjunto.
Hoje a escola está extinta e no mesmo local do antigo prédio da Escola se encontra uma nova entidade educacional (Colégio TOTAL) que esta como guardião destas relíquias da memória histórica desta grandiosa fanfarra que deixou saudade, mas esta viva nas lembranças de todos ex fanfarristas, depois de mais de 25 anos se encontraram para relembrar estes feitos e que um dia fizeram parte desta família fanfarra São José.
“Fé esperança e cultura e que ostenta essa rica região” Isaac Borges Capillé