Fatos históricos para que possa existir, precisa ser feita de pessoas, “homens e mulheres” que se tornam personagens de suas narrativas em seu tempo, de maneira a contribuírem no desenvolvimento econômico, social, cultural e político de sua cidade, região e país.
Ponta Porã, fronteira de fatos épicos registrados na memória histórica nacional, marcadas por acontecimentos relatados por pesquisadores, historiadores e escritores, de pessoas que aqui fixaram sua morada, como também de descendentes que cresceram ouvido essas histórias da criação de nossa cidade de nossa rica fronteira da “Princesinha dos Ervais”.
Seguindo a linha do tempo histórica de nossa fronteira, em 1880 chega à região o senhor Feliciano Ramos Nazareth, um militar que vem com a missão de comandante e ergue seu acampamento junto à lagoa do Paraguai, onde hoje é a cidade de Pedro Juan Caballero.
Em 1892 chegou ali a Guarnição da Colônia Militar de Dourados, com o objetivo de se fixar e proteger a região, nesse mesmo ano Ponta Porã começa a tomar seus primeiros impulsos de progresso econômico, com a chegada até ali de muitos migrantes gaúchos, que vieram com a finalidade de praticar a agropecuária, ajudando desta maneira a desenvolver o comercio interno da cidade.
Com o desenvolvimento e o crescimento impulsionado pelo agronegócio, viu a necessidade de criar um destacamento policial, isso ocorreu em 1897 quando o mesmo foi criado e nomeado como Comandante o Senhor Nazareth.
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| Imagem Publicada no livro Um século de Histórias de Ramão Ney Magalhães. Ponciano Pereira de Matos primeiro prefeito de Ponta Porã - Foto divulgação |
Na virada do século em 1900, Ponta Porã torna-se Distrito de Bela Vista. Em 18 de julho de 1912 foi criado o Município de Ponta Porã, deixando de ser distrito de Bela Vista, no ano seguinte foi instalado o município e toma posse seu primeiro Prefeito, Ponciano de Matos Pereira.
No ano de 1915 o Governador do Estado de Mato Grosso, Caetano de Albuquerque eleva o município de Ponta Porã para a categoria de comarca um status elevado para época do então novo Brasil Republica, no ano seguinte, 1916 toma posse o primeiro Juiz de Direito da Comarca de Ponta Porã, Possidônio de Souza Guimarães e o Primeiro Promotor é Henrique Carlos Guatemozim.
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| Imagem publicada no livro: Um Homem do seu Tempo (2011) de Luiz Alfredo Marques Magalhães. Foto de 1929 da sede da prefeitura localizada na época na Avenida Brasil e Travessa com a Rua Baltasar Saldanha. O prédio foi uma das obras da Cia. Mate Larangeira, esses empreendimentos iniciaram em 1927 através de um contrato de pacotes, esse contrato foi realizado na gestão de Heitor Mendes Gonçalves em conjunto com o governo do Estado neste período histórico. |
O antigo prédio da sede administrativa de Ponta Porã que foi construído pela Cia Mate Larangeira, se localiza na Avenida Brasil com travessa a Rua Baltazar Saldanha o mesmo passou por várias transformações após sua desocupação na década de 70 quando a prefeitura foi transferida para a sede atual na Rua Antônio João travessa Rua Guia Lopes.
Após sua desocupação o mesmo foi utilizado como deposito de maquinas, almoxarifado e arquivo morto, sendo o mesmo utilizado também pelo destacamento do 11º RC Mec. por anos como junta militar, na década de 90 foi sede da Secretaria Municipal de Educação, Secretária de Esporte e Cultura.
No início dos anos dois mil foi sede da Secretaria de Assistência Social com projetos municipais, atualmente continua sendo utilizada pela Secretaria de Assistência social e sede da Casa dos Conselhos.
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| Prédio atual da Prefeitura municipal de Ponta Porã – MS. Localizado na Rua Antônio João travessa Rua Guia Lopes, construção iniciada na Gestão do Então Prefeito da época Aires Marques na década de 70, sua estrutura lembra a letra AM que gerou polêmica neste período histórico do desenvolvimento de Ponta Porã, por lembrar as iniciais da letra de Aires Marques, que se defendeu do equivoco dizendo que AM do Prédio Municipal era de "Administração Municipal", isso em outras épocas. Foto década de 90. |
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| Imagem publicada no livro de Elpídio Reis, Polca churrasco e chimarrão. Rio. 1981: Edifício sede da Prefeitura Municipal de Ponta Porã, década e 80. |
Dificuldades e problemas existem há milênios, e sempre irá existir, o que devemos aprender com os pioneiros do passado, que dentro de suas lutas, ter a sabedoria de criar soluções práticas para tais empecilhos que prejudiquem o desenvolvimento e o crescimento de uma cidade e região. Viver o presente pensar no futuro, mas nunca se esquecer do passado assim se faz uma nação forte, pois um povo sem memória é um povo sem história.
“Um político pensa nas próximas eleições um estadista nas próximas gerações” Noel Clarasó.
