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Apesar de ter começado o ano com dificuldades, a balança comercial brasileira deve fechar 2015 em déficit. A previsão é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, que participou nesta terça-feira, 16, de audiência conjunta das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado.
De acordo com o ministro, a desvalorização do real frente ao dólar produziu um "surto de substituição das importações" e o déficit comercial de US$ 6 bilhões registrado nos três primeiros meses do ano já foi quase zerado.
Armando Monteiro saiu em defesa do incremento da atividade comercial brasileira com outros países e anunciou um plano nacional de exportação a ser lançado ainda este mês, que tem como bases o aperfeiçoamento do regime tributário de exportação, a desburocratização e a simplificação de procedimentos para os exportadores.
— Hoje no Brasil são necessários 13 dias para se processar uma exportação, período muito longe da média dos demais países, que varia de 6 a 7 dias.
A esperança de Armando Monteiro é que o plano de exportações mobilize o setor privado. Na opinião dele, o comércio exterior não pode ser apenas “uma válvula conjuntural”, mas uma canal permanente da economia, sem variar conforme a conjuntura.
— Nossa corrente de comércio externo representa 20% do PIB, quando a média dos países desenvolvidos é quase o dobro. O canal do comercio internacional é obvio neste momento em que o mercado doméstico está retraído. É imperioso que o Brasil se volte ao comércio exterior — defendeu o ministro, que se licenciou do Senado para assumir o posto no Executivo.
Desafio - O presidente da CAE e líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral(PT/MS) destacou a importância do debate.
"Essa audiência com o ministro Armando Monteiro foi muito importante porque ela abordou temas fundamentais para o país: a política de exportação, a competitividade - não só analisando a eficiência dos nossos empresários e da nossa produção, mas também com a carga tributária - e o impacto do câmbio nos preços internacionais dos produtos fabricados no Brasil .Esse é o grande desafio. Os países desenvolvidos investiram muito em tecnologia e no Brasil não é diferente. Se o pais não entender o momento que estamos vivendo ficará para trás porque hoje tecnologia é tudo. Só avança quem tem tecnologia”, avaliou o senador.
Os membros da CAE avaliaram com Armando Monteiro as políticas desenvolvidas pelo Ministério e colheram informações sobre o projeto a ser apresentado pela presidente Dilma Roussef para impulsionar o comércio exterior .
“O governo pretende ampliar as parceiras com os Estados Unidos, a Europa e os países do Mercosul”, revelou o senador . “Isso é fundamental, assim como é muito importante também esclarecer pontos que algumas pessoas estão desvirtuando, como a questão de bancar projetos no exterior , esquecendo-se que esses projetos viabilizam empregos aqui no Brasil. Eles são desenvolvidos por empresas de engenharia brasileiras e, portanto, geram reflexos bastante positivos na economia do nosso país”, argumentou Delcídio.
Fonte: ASSECOM