Cinquenta e quatro agências bancárias e mais 36 unidades, entre eles os postos de atendimento, de Campo Grande estão fechadas em adesão a greve que começou nesta terça-feira (30/9). Faltam 70 agências, em um total de 130 paralisarem as atividades.
Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários, Iaci Azamor, os grevistas reivindicam reajuste salarial, mais contratações, revisão de metas abusivas e segurança nas agências. A presidente disse que até o momento a Febraban (Federação Nacional dos Bancos), não se posicionou e a greve permanece por tempo indeterminado.
“Fizemos todos os procedimentos que antecedem a greve. Estamos negociando desde o dia 11 de agosto e já tiveram muito tempo para decidir. Não podemos continuar assim, o bancário sai de casa pensando em cumprir metas e preocupado em garantir seu emprego”, explicou Iaci.
De acordo com estimativa só em Campo Grande 200 mil pessoas utilizam os serviços bancários mensalmente. Para o aposentado Joaquim Correia de Melo, de 71 anos, a paralisação está prejudicando a população. “Essa greve é ruim para todo mundo porque não dá para gente fazer nada. Eu mesmo estou desde cedo tentando descontar um cheque e não consigo”, reclama.
Já a acadêmica Regiane Cássia da Costa, 33 anos, concorda que a categoria tem que buscar melhorias, mas afirma que teria que ter um jeito da população não ficar prejudicada. “É um direito deles e concordo que se não está bom tem que pressionar, o que não pode é o povo não conseguir ter acesso aos serviços bancários”, afirma.
O sindicato representa cerca de 2.300 funcionários que trabalham nas 130 agências bancárias da Capital, 11 postos de atendimento e em outras 57 agências distribuídas em 27 municípios do Estado. O reajuste pedido pala categoria é de 12,5%, contudo, a Febraban ofereceu, inicialmente, 7% e, posteriormente, 7,35%.
Ainda segundo a presidente, o sindicato recebeu muitas reclamações da população de agências que estão funcionando normalmente, mas que estão aproveitando a greve e suspenderam o atendimento.
A orientação do Sindicato é que quando isso acontecer procurar o Procon ou o Banco Central e registrar a reclamação no órgão competente.
Foto: Minamar Junior |
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Fonte: Midiamax/JE
Por: Tatiana Lemes
Por: Tatiana Lemes