CAMPO GRANDE (MS),

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    25/06/2014

    Sem Barbosa, pedidos de mensaleiros para trabalhar fora da cadeia serão julgados hoje

    Relator, ministro Barroso diz que decisão sobre trabalho externo terá impacto no sistema prisional


    Barroso. “Estamos dando uma orientação para as varas de execução penal de todo o país
    Foto: Givaldo Barbosa/18-06-2014 / Agência O Globo

    BRASÍLIA — Sem a presença do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará nesta quarta-feira os pedidos de condenados no processo do mensalão relativos ao cumprimento de suas penas. Estão na pauta as solicitações de prisão domiciliar para José Genoino, ex-presidente do PT, e de autorização para trabalho externo do ex-ministro José Dirceu, do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares, do ex-deputado Romeu Queiroz e do ex-advogado Rogério Tolentino.

    O relator dos casos, o ministro Luís Roberto Barroso, disse que a decisão sobre autorização para trabalho externo deverá repercutir no sistema prisional.

    — A minha maior preocupação, aliás, é essa. O que nós decidirmos pode ter impacto sobre o sistema. Tem que ter muito critério. Não é esse caso que a gente vai decidir. Estamos decidindo como, no país, essa matéria deve ser tratada — disse Barroso. — Nós não estamos cuidando de casos específicos, estamos dando uma orientação para as varas de execução penal de todo o país.

    GENOINO: NOVO LAUDO MÉDICO

    Barbosa não participará do julgamento depois de ter abandonado na semana passada a relatoria de todos os casos relativos ao mensalão, acusando advogados de agir “politicamente”. O ministro Luís Roberto Barroso assumiu os processos.

    A defesa de Genoino apresentou novo laudo médico na tarde de ontem para tentar convencer os ministros da necessidade de sua prisão domiciliar. Nele, o cardiologista Geniberto Paiva Campos descreve uma piora no quadro de saúde do ex-dirigente petista depois da volta à prisão, em 1º de maio. O relatório afirma que ele ganhou peso na prisão, o que contribui para a deterioração de sua saúde, e que os níveis de coagulação do sangue medidos na penitenciária evidenciariam uma piora. O laudo afirma ainda que a redução constante do nível terapêutico ideal pode conduzir a situações como um derrame cerebral (AVC); e conclui recomendando que o paciente seja tratado em sua residência.







    Fonte: OGlobo/JE
    Por: Eduardo Bresciani