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    13/06/2014

    Ponta Porã, MS - Linha do tempo: Sexta feira 13. Superstição e Origem do misticismo que rodeia o dia do azar

    Fonte: google
    O que é superstição? Segundo o dicionário é o “desvio do sentimento religioso, fundado no temor ou na ignorância, e que empresta caráter sagrado a certas práticas destituídas de qualquer transcendência; crendice, presságio infundado e vão, tirado de acontecimentos meramente fortuitos como de uma vasilha emborcada, do número 13”. 

    Vamos fazer uma pequena análise do surgimento de algumas versões que circulam pelo mundo, segundo alguns pesquisadores de vários meios científicos e religiosos, deste número que para muitos e sinônimo de “AZAR” principalmente quando associado a um dia da semana em especial “SEXTA-FEIRA”. 

    Uma das principais versões sobre a superstição pode ter tido origem no dia 13 de Outubro de 1307, uma sexta-feira. Nesse dia, a Ordem dos Templários, uma das mais poderosas da Cristandade na época sofreu uma dura e fatal traição, foi declarada ilegal e acusada de heresia pelo rei Filipe IV de França que temia o poder que a ordem tinha na época e cobiçava seus tesouros incontáveis, que até os dias de hoje invadem o imaginário de muitos arqueólogos, historiadores e pesquisadores Forenses. 

    Os templários foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia, muito mistério envolve este acontecimento. Outra versão para esta crença está na hipótese de que Jesus Cristo tenha sido crucificado numa sexta-feira 13, uma vez que a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, seguindo o calendário hebraico. Reforça esta crença, o fato de que na Santa Ceia sentaram-se à mesa 13 pessoas, os 12 apóstolos e o próprio Jesus, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, morreram em seguida, por mortes trágicas, Jesus por execução na cruz e Judas segundo a história por suicídio, por não suportar a traição que cometeu, ficando mais uma vez o número 13 em evidência como número do azar. 

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    A sexta feira entra como dia de má sorte de acordo com escritas encontradas dentro do Judaísmo, onde relata que Eva ofereceu a maçã a Adão na sexta-feira, e o dilúvio começou também em uma sexta feira. 

    Mais antiga ainda e a versão encontrada dentro da mitologia nórdica sobre o número 13, também existem versões sobre a data, conta-se que houve um banquete e 12 grandes “Deuses” convidados. Loki, o Deus do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga intencional que terminou com a morte de Balder, o favorito entre os Deuses. 

    Com isso surgiu à crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar traria desgraça na certa. Continuando dentro da mitologia nórdica encontra-se uma lenda da deusa da beleza Friga, seu nome segundo a lenda deu origem à “friadgr” que significa sexta-feira em escandinavo antigo e “Friday” que significa sexta-feira em inglês.

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    A Deusa Friga foi considerada uma deusa pagã, quando os cristãos chegaram e converteram os nórdicos a o cristianismo, segue a lenda que toda sexta-feira a deusa se reunia com 11 feiticeiras e o próprio demônio um total de 13 tornando esse número indesejado para o povo escandinavo. 

    Hoje muitas crenças rodeiam este número em especial quando cai em uma sexta-feira, muitos gostam fazem festas comemorações outros preferem se resguardar evitando tudo que possa dar azar. 

    Na região de fronteira os mais antigos procuram não dar margem ao azar por assim dizer evitando certas situações que possam de alguma forma prejudicar e contribuir para o azar, muitas pessoas da região de fronteira usam o seguinte dizer, pelo sim ou pelo não, “no creo en las brujas, pero que las hay las hay”.



    Autor:  Yhulds Giovani Pereira Bueno

    Yhulds Giovani Pereira Bueno
    Pesquisador: Pós-graduado em Metodologia do Ensino em História e Geografia. Professor de qualificação profissional, gestão e logística (Programas Municipais, Estaduais e Federias). Professor coordenador da Rede Municipal de Educação, membro do Grupo Xiru do CTG – Querência da Saudade – Ponta Porã – MS.