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Kelvin e Rafael, dois dois quatro envolvidos na morte de policial, foram apresentados à imprensa hoje (Foto: Cleber Gellio) |
Antes de morrer, Everton Rosa da Silva, de 17 anos, acusado de ser um dos responsáveis pelo assassinato do policial militar Rony Mayckon Varoni de Moura da Silva, 28, confessou a avó o crime e a pressionou para lhe pagar passagem a São Paulo com o intuito de fugir. A confissão ajudou a polícia a chegar até ele e a descobrir os detalhes do latrocínio.
O crime ocorreu no dia 3 de junho e, dois dias depois, os policiais identificaram o adolescente e foram até a casa da sua avó, no Jardim Aero Rancho. Na abordagem inicial, descobriram que a família fez contato com a mãe de Everton, que reside em São Paulo.
Mesmo sabendo da passagem da polícia pela residência, ele voltou, no sábado (9), a procurar a avó em busca de dinheiro para deixar o Estado. “Ele queria que avó comprasse passagem para ir morar com a mãe", relevou, nesta quarta-feira (11), em entrevista coletiva, o delegado Fábio Peró, responsável pelas investigações.
Na mesma data, o adolescente morreu, após trocar tiros com policiais do 10ª Batalhão. Agora, os demais acusados pelo crime, Kelvin Willian Santarosa da Silva, de 21 anos, e Rafael Fernandes de Quadros, 23, aproveitam a ausência do comparsa para o responsabilizá-lo pelo planejamento do latrocínio e por acertar uma das balas que matou o policial.
Eles afirmam que o adolescente sabia da presença de um policial no carro abordado e do transporte de malote de R$ 20 mil da empresa de refrigerantes Funada. “Eles tinham a intenção de matar e pegar o malote e, provavelmente, estão colocando a culpa no adolescente, porque ele não está mais entre nós”, comentou o delegado.
Por este motivo, ele concluiu que a morte de Everton acabou prejudicando as investigações por ter não condições de confrontar as informações. Além dos três, Alexandre Barretos de Castro, de 19 anos, é o quarto envolvido no latrocínio. Ele está foragido.
O crime – Ainda durante a apresentação de Kelvin e Rafael, o delegado detalhou as circunstância do latrocínio. Após colher depoimentos, Peró constatou que o policial percebeu estar sendo seguido por duas motos e decidiu acelerar. “Na hora, os criminosos reagiram com tiros e acertaram dois na cabeça de Rony, que desabou sobre o volante”, disse.
Ao lado do policial, estava o cabo Valmor Novak Obregon. Ele tentou assumir a direção e, ao mesmo tempo, disparou contra os assaltantes. Eles fecharam a passagem do veículo e a troca de tiros seguiu até eles desistirem do crime. Valmor saiu ileso.
Os quatro acusados têm várias passagens pela polícia. Kelvin é acusado de porte ilegal, tentativa de homicídio e roubo; o adolescente tem na ficha roubo, porte ilegal e tráfico. Ele saiu da Unei no dia 22 de maio. Rafael é acusado de dirigir sem habilitação e Alexandre, por receptação e furto.
Fonte: campograndenews/JE
Por: Lidiane Kober e Filipe Prado
Por: Lidiane Kober e Filipe Prado