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    09/05/2014

    Você sabe quem é aquela moça que aparece nas notas do real?

    Descubra o que a figura que aparece nas cédulas em circulação no país representa.


    Fonte da imagem: pixabay

    Você já percebeu que, nas cédulas em circulação no Brasil, além dos diversos animais que estampam a face reversa — como a arara nos bilhetes de R$ 10 e o mico-leão-dourado nos de R$ 20 —, também existe uma moça que aparece em todas as notas de real? A figura se parece à escultura de uma mulher, toda séria e sem olhos, ilustrando o lado anverso de todas as cédulas. Mas, afinal, quem é essa moça?

    De acordo com o Banco Central do Brasil, trata-se de uma efígie simbólica, ou seja, uma ilustração que representa a República. No nosso país, ela foi interpretada sob a forma de uma escultura, e a imagem original que serviu de inspiração para essa representação foi o quadro “A Liberdade Guiando o Povo”, de Eugène Delacroix, no qual a Liberdade é apresentada na forma de uma mulher. Confira o quadro abaixo:

    "A Liberdade Guiando o Povo", de Eugène Delacroix
    Fonte da imagem: 
    Reprodução/Wikipédia

    Assim, geralmente a imagem da República é representada por uma mulher vestindo o barrete da liberdade, uma espécie de touca — normalmente vermelha — que os republicanos franceses adotaram como uniforme durante a tomada da Bastilha.

    A moça das notas e a... maçonaria?

    Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia

    No entanto, a mulher que aparece no quadro de Delacroix, além de representar a Liberdade e ser a personificação da República Francesa, também é conhecida como Marianne, um dos símbolos da maçonaria. De acordo com o pessoal do blog No Esquadro, os maçons tiveram uma participação fundamental durante a Revolução Francesa, tanto que o principal lema desse acontecimento, “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, é compartilhado pela organização.

    Segundo a publicação, durante a revolução a liberdade era o primeiro princípio a ser conquistado, já que sem ela seria impossível alcançar a igualdade ou a fraternidade. Sendo assim, os franceses decidiram adotar a figura de uma mulher para representar esse princípio, e acredita-se que o nome tenha surgido a partir da contração de outros dois nomes bem comuns entre as mulheres francesas da época, Marie e Anne.

    Senhora da Liberdade

    Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia

    Hoje, os bustos da “Senhora da Liberdade”, contendo o lema da revolução, podem ser encontrados em praticamente todos os edifícios públicos da França, além de terem sido adotados como representação gráfica da República em todo o Ocidente.

    Além disso, os bustos também são objetos obrigatórios em todos os templos maçônicos franceses, e é bastante comum que eles contem com outros símbolos utilizados pela maçonaria, como o esquadro e o compasso, o triângulo com o “olho que tudo vê” e a estrela de cinco pontas, por exemplo.

    Marianne e a Estátua da Liberdade

    Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia

    Por falar em simbolismo, a Estátua da Liberdade — localizada em Nova York —, como você deve saber, foi um presente da França aos EUA em comemoração ao centenário da assinatura da Declaração da Independência. A estátua foi produzida pelo escultor francês (e maçom) Frédréric Auguste Bartholdi e, de acordo com o blog, trata-se de uma versão maçônica de Marianne.

    Mas voltando ao assunto das cédulas, se você observar a nota de US$ 1 com um pouco mais de cuidado, vai encontrar na face reversa o famoso “olho que tudo vê”, mais um famoso símbolo da maçonaria que todos os dias passa pelas mãos de milhões de pessoas, assim como a moça das notas de real.





    Fonte: Megacurioso/JE
    Por: Maria Luciana Rincon Y Tamanini