Umbigo de paciente explode durante voo após uma cirurgia de abdominoplastia malfeita

Patrícia Jackson, de 68 anos

Patrícia Jackson, de 68 anos, de Brindlington, Yorkshire, Inglaterra, foi passar uma semana de férias em Portugal, quando seu umbigo explodiu no avião.

Isso causou um mau cheiro por conta do líquido que saía de seu abdômen, fazendo com que vários passageiros reclamassem. Patrícia foi indenizada com mais de R$ 80 mil após descobrir que isso teve origem em uma operação de abdominoplastia fracassada que ela havia feito.

Patrícia é gerente de uma casa de cuidados em domicílio e decidiu fazer uma abdominoplastia quando ela chegou aos 60 anos, porque estar infeliz com sua aparência. Ela havia perdido peso, mas não estava satisfeita com a pele flácida e a gordura acumulada em seu abdômen. Como resultado, ela passou por uma cirurgia em um hospital privado em 2005.

Durante a operação, os cirurgiões removeram pele e a gordura extra, bem como apertaram os músculos da parede abdominal. Entretanto, eles não criaram um novo umbigo para a Sra. Jackson porque lhe foi dito que não havia material sobrando, o que é uma ocorrência comum neste tipo de cirurgia. No entanto, eles deixaram acidentalmente partes do antigo umbigo dentro dela.

Patrícia disse: "No primeiro ano após a operação, estava tudo bem e trabalhei normalmente.
No entanto, quando fui fazer um check-up anual, o cirurgião ficou preocupado com as cicatrizes,
porque pareciam muito ruins. Isso não me incomodava, mas ele resolveu me internar no hospital
durante a noite”.

A ultra-sonografia revelou uma infecção sob a cicatriz, que foi tratada com antibióticos. A ferida estava tratada e Sra. Jackson foi então dispensada do hospital.

Depois de voltar para casa, Patrícia começou a sentir dor e um mau cheiro inexplicável saindo de seu abdômen, o que a fez sentir-se envergonhada ao ficar em púbico. Ela ficou cada vez mais preocupada com o vazamento recorrente e foi encaminhada para vários especialistas. As equipes médicas não conseguiram determinar a causa real da saída do líquido. Depois de muitos exames, colocaram a causa como uma infecção que foi tratada novamente.

Em 2011, a Sra. Jackson se sentiu confiante o suficiente para passar férias em Portugal. No entanto, antes de embarcar no avião, na volta, ela percebeu que havia bolhas ao redor de onde seria seu umbigo. Uma vez no avião, seu umbigo inesperadamente explodiu e a área começou a vazar o líquido malcheiroso, causando incômodo em toda a tripulação.

Felizmente, a aeromoça foi capaz de ajudá-la a tampar a ferida o melhor que pôde. Apesar da ajuda dos comissários de bordo, a Sra. Jackson diz que sentia chorosa e envergonhada. Ela teve de sentar-se no assento do corredor e constantemente refazer o curativo.

Quando o avião finalmente aterrissou, ela chamou seu irmão para levá-la imediatamente para o
Calderdale Hospital Royal, onde a ferida foi limpa e tampada apropriadamente. Por não confiar mais
em seu cirurgião original, Sra. Jackson recusou a oferta de retornar ao primeiro hospital, e escolheu
o Castle Hill Hospital, em Hull. Lá, ela descobriu que seu antigo umbigo ainda estava dentro dela e
isso havia sido a causa do vazamento do líquido, da “explosão” e da dor que ela sentia durante todo
esse tempo.

Depois de ser submetida a cirurgia reconstrutiva, foi dado um novo umbigo à Sra. Jackson e ela foi indenizada com R$ 80 mil sem nem ao menos precisar ir ao tribunal. Jeanette Aspinall, diretor de negligência médica em Fletchers Solicitors, que ajudou com o caso, disse: "Este caso destaca como é fácil um procedimento de cirurgia plástica simples, como uma abdominoplastia, dar errado, tanto com a cirurgia em si e quanto com os cuidados inadequados”.

Sra. Jackson acrescentou: "Eu estava com raiva quando eu contatei a Fletchers Solicitors, porque eu senti que eu tinha sido negligenciada pelo grupo médico do hospital e pelo cirurgião, e isso não era justo. Fiquei extremamente satisfeita com a indenização e o resultado do meu caso significa que a consciência dessas situações tem sido levantada, e espero que consiga mudar o atendimento ao paciente no futuro”.