CAMPO GRANDE (MS),

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    09/05/2014

    Senado aprova parcialmente mudanças para criação de cidades

    Plenário do Senado aprovou ontem à noite o texto-base do projeto de lei que institui novas regras para a criação de municípios


    Senado: alterações foram pedidas pelo governo para evitar criação excessiva de municípios
    Arquivo/ Agência Brasil/Senado, senadores


    Brasília - O plenário do Senado aprovou ontem (7/05) à noite o texto-base do projeto de lei do senador Mozarildo Cavalcante (PTB-RR) que institui novas regras para a criação de municípios no Brasil.

    O relator, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), emitiu parecer favorável ao projeto, mas incluiu emendas apresentadas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

    As emendas não foram apreciadas pelo plenário e devem ser votadas na próxima sessão deliberativa da Casa.

    Elas alteram pontos fundamentais no texto, como o número mínimo de habitantes para um distrito requerer a emancipação e o tamanho mínimo dos municípios.

    As modificações foram pedidas pelo governo para evitar a criação excessiva de municípios e a pulverização dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios.

    Um projeto anterior de Mozarildo para flexibilizar a criação de municípios tinha sido vetado pela presidente Dilma Rousseff.

    Para conseguir a aprovação do novo projeto, Raupp e Mozarildo negociaram com o governo para modificar o texto na CCJ.

    O relator acatou emendas, modificando para 6 mil o número mínimo de habitantes dos novos municípios nas regiões Norte e Centro-Oeste, contra os limites anteriores de 5 mil e 6,5 mil, respectivamente.

    O número mínimo passa de 8,5 mil para 12 mil no Nordeste e de 15 mil para 20 mil no Sul e no Sudeste.

    Além disso, o relator decidiu adotar mais dois critérios sugeridos pelo governo.

    Os novos municípios deverão ter área mínima de 200 quilômetros quadrados e arrecadação de pelo menos 10% da média dos municípios do estado.

    Com isso, Raupp acredita que será possível evitar novos vetos da presidente Dilma à matéria e nova tensão entre os congressistas e o governo em relação à possibilidade de derrubada desses vetos.

    As emendas, no entanto, ainda não foram aprovadas pelo plenário na sessão de ontem.

    Elas serão avaliadas provavelmente na semana que vem, quando a votação desse projeto será concluída.

    Os senadores suspenderam a análise do texto porque o quórum estava baixo.

    Por se tratar de projeto de lei complementar, a aprovação, tanto do texto-base quanto das emendas, requeria maioria absoluta – 41 senadores.





    Fonte: Exame/JE
    Por: Mariana Jungmann, da