SURGEM OS PRIMEIROS FUNDOS DE VENTURE CAPITAL FOCADOS EM INVESTIR NAS STARTUPS DA MACONHA
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O primeiro dia de 2014 amanheceu com longas filas no estado americano do Colorado. Pessoas esperaram até três horas para conseguir comprar livremente maconha na primeira região dos Estados Unidos a liberar o uso recreativo do produto. Foi o que bastou para o surgimento de investidores dispostos a profissionalizar um mercado que ainda, com o perdão do trocadilho, é verde. Já existem pelo menos cinco fundos americanos de venture capital colocando dinheiro em startups da maconha. O objetivo é o mesmo de um investimento em qualquer outra área: fazer a companhia crescer e vender, com lucro, a participação no negócio.
O maior desses fundos é o Emerald Ocean Capital, que dispõe de US$ 25 milhões. Criado por Justin Hartfield, um empreendedor de 29 anos que ficou milionário com portais da internet, o fundo se propõe a “garantir a liderança de um mercado emergente consolidando ativos estratégicos”, segundo seu plano de negócios. A estratégia é mirar especialmente em empresas que atuem na parte mais tecnológica do novo mercado, como e-commerce, testes de laboratório e produtos farmacêuticos criados a partir da maconha.
Em 2014, a movimentação do setor deve chegar ao US$ 1,5 bilhão. E isso é só o começo. O estado de Washington deve liberar o comércio da maconha nos próximos meses – e outros 20 já permitem o seu uso medicinal. Nas próximas eleições, em 2016, estima-se que outros 15 estados coloquem em votação o uso livre da substância. Nos próximos dez anos, estima-se que o mercado da maconha nos EUA atinja US$ 50 bilhões – dois terços do valor movimentado pela indústria do tabaco no país.
Fonte: Época Negócios/JE
