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    16/05/2014

    Família de homem morto depois de ser confundido com estuprador quer justiçaReprodução

    Reprodução

    Parentes de Hugo Neves Ferreira, morto na noite do dia 14 no Bairro Aero Rancho por populares que o confundiram com estuprador pedem justiça.

    A mulher da vítima, Denise Carvalho dos Santos Ferreira, de 41 anos, contou que estava casada com Hugo há 14 anos. Eles tiveram duas filhas, uma de 12 e outra de 8 anos. As meninas estão muito abaladas com a morte do pai.

    A família mora em uma edícula, no fundo da casa do pai de Hugo, o pedreiro Bruno de Oliveira Ferreira, de 66 anos. Bruno lembra encontrar seu filho machucado no meio da rua, depois de ter sido agredido por populares e socorrido por conhecidos que estavam em um bar e reconheceram a vítima.

    O pai de Hugo está inconformado com o homicídio de seu filho e quer que os agressores sejam identificados e punidos. “Foi uma injustiça que cometeram com meu filho”, diz Bruno.

    Até o momento, ninguém sabe dizer quem foram os agressores. A mulher de Hugo contou que ele ficava agressivo quando bebia e que eles se desentendiam e brigavam, mas que ele nunca a agrediu gravemente e que a morte dele foi uma injustiça.

    A mãe da vítima, Rosa Tacian Correa, de 60 anos, mora em Corumbá e veio para Campo Grande para o velório do filho. Ela diz que apesar de morar longe, sabe que Hugo não merecia isso e que também quer que a justiça seja feita e que os agressores sejam punidos.

    O caso

    Hugo foi morto na noite de quarta-feira (14) após um desentendido.

    Ele tinha discutido com sua mulher e estava embriagado. O pai de Hugo conta que ele pulou o muro da casa, caindo na casa da vizinha, que é sua irmã e, por algum motivo, ele pulou o portão da casa dela, que tinha grades.

    No momento, a calça e a cueca de Hugo ficaram presas no portão e ele perambulou até um terreno baldio. A moradora da casa ao lado do terreno, na Rua Expedicionário Alcindo Jardim Chagas, viu o homem praticamente nu e gritou por seu marido, que agrediu Hugo com uma barra de ferro.

    A vítima ainda tentou correr, mas foi detido por populares que continuaram as agressões. Algumas pessoas que estavam em um bar reconheceram Hugo e o socorreram. Os bombeiros e a polícia foram chamados, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

    O corpo de Hugo está sendo velado na Assembleia de Deus, na Avenida Graciliano Ramos, no Aero Rancho. O sepultamento será às 13h30 no Cemitério do Cruzeiro.


    Foto: Arlindo Florentino
    Foto: Arlindo Florentino




    Fonte: Midimax/JE
    Por: Renata Portela e Arlindo Florentino