Crime ocorreu durante tentativa de assalto em frente a igreja em Planaltina.Velório e enterro de Guilherme Moura de Jesus ocorrem nesta segunda.
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| Página em rede social traz nota de repúdio sobre morte de professor por criança no DF (Foto: Facebook/Reprodução) |
A Polícia Civil do Distrito Federal procura uma criança de 11 anos suspeita de matar um professor de inglês em uma tentativa de assalto ocorrida do último sábado (3/05) na Vila Vicentina, em Planaltina. A vítima, Guilherme Moura de Jesus, tinha 28 anos e levou um tiro na nuca na porta de uma igreja. Ele teria reagido depois de o garoto pedir a bicicleta e o celular dele. A corporação disse que não vai se pronunciar sobre o caso até o fim das investigações.
Se confirmado que o menino foi o responsável pelos tiros, ele vai ser encaminhado ao Conselho Tutelar. As informações foram passadas à polícia por testemunhas do crime, que ocorreu por volta de 8h30. O professor foi encaminhado ao hospital, e a morte cerebral dele foi confirmada neste domingo. Ele estava de mudança para Santa Catarina, onde passou no concurso da Polícia Militar.
Secretária do Centro de Desenvolvimento Global, onde o homem deu aula nos últimos três anos, Carolina Silva Rios disse que o crime assustou os colegas. “Ele era muito querido, sorria o tempo inteiro. Era uma pessoa muito tranquila, muito gente boa mesmo. Foi com choque que recebemos a notícia. O sobrinho dele, que estuda aqui, foi quem nos avisou.”
A instituição decidiu suspender as aulas nesta segunda, quando ocorrem o velório e o enterro, no cemitério de Planaltina. Amigos e familiares informaram que pretendem fazer uma carreata pela paz em seguida.
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| Amigos e familiares chegando para o velório do professor de inglês Guilherme Moura de Jesus, morto com um tiro na nuca durante um assalto no DF (Foto: Luiza Facchina/G1) |
O estudante Mateus Dias, de 16 anos, disse que um grupo combinou de usar branco durante a manifestação. "A gente dizia que ele era aluno. Na hora do recreio, ele ficava com a gente e não na sala dos professores", afirmou.
Colega de trabalho da vítima, a professora Camila de Castro reclamou da impunidade. "Nós estamos todos com um sentimento de revolta. A luta é por todos nós, pois essa injustiça poderia ter acontecido com qualquer um."
Também presente no enterro, o aluno Pedro Martins, de 12 anos, conta que estava dentro da igreja quando o professor foi morto. "A gente na hora [dos disparos] foi ver o que tinha acontecido. Vi um homem no chão, fiquei com medo e levei minhas irmãs pra casa. Nunca imaginei que fosse meu professor", declarou.
Do G1 DF/JE

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