Vereadora Luiza Ribeiro (PPS) assumiu oposição à Gilmar Olarte (PP).
Bancada do PT e do PDT ainda "avaliam" situação.
Câmara de Vereadores de Campo Grande vazia nesta terça-feira (19) (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS) |
A primeira sessão ordinária após a posse do novo prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), realizada nesta terça-feira (18/03), na Câmara de Vereadores, durou aproximadamente meia hora. O presidente da Casa de Leis abriu a sessão e, em seguida, após votação, encerrou o trabalho do Legislativo para que os parlamentares possam acompanhar a visita do novo chefe do Executivo ao governador André Puccinelli (PMDB) nesta manhã.
Vereadora Luiza Ribeiro (PPS), em Campo Grande
(Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)
|
O G1 conversou com alguns dos vereadores que votaram contra a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP). A maioria deles afirmou que ainda está em negociação com o novo chefe do Poder Executivo campo-grandense.
O único partido que assumiu a condição de oposição ao novo prefeito foi o PPS. “Não há nenhuma identificação do partido com esse novo governo. Para nós, essa nova administração não tem autonomia, significa a volta do PMDB ao comando”, justificou a vereadora Luiza Ribeiro, única representante do PPS na Casa de Leis.
Paulo Pedra (PDT) durante sessão de julgamento de
Bernal (Foto: Lucas Lourenço/ G1 MS)
|
O vereador Paulo Pedra (PDT), que antes integrava a bancada da situação, agora se declara independente. Ao G1, o vereador informou que o partido ainda vai se reunir e vai avaliar a nova conjuntura. “Este é um momento de reflexão, de avaliação. O novo prefeito acabou de assumir o cargo e por isso o partido vai aguardar para tomar decisões”, disse.
O vereador Zeca do PT também declarou a bancada petista como independente. Integrantes do PT se reuniram com Olarte na segunda-feira (17), mas segundo o parlamentar, o partido ainda está analisando a situação. No entanto, o vereador, que votou contra a cassação de Bernal, afirmou que continua contra o “golpe político”, que levou à saída do pepista do Poder Executivo.
Zeca do PT durante sessão de julgamento de Bernal
(Foto: Lucas Lourenço/ G1 MS)
|
O vereador Cazuza (PP), que também votou contra a cassação de Bernal, não compareceu à sessão desta terça.
Situação
Já o vereador Paulo Siufi (PMDB), que votou a favor da cassação de Bernal, afirmou que com a entrada de Olarte, os peemedebistas passam da bancada da oposição para a bancada da situação. “Com certeza o PMDB vai apoias as decisões do prefeito nessa nova administração, nesse novo governo de coalizão”, afirmou.
A bancada do PMDB é a maior da Casa de Leis, com seis vereadores. Após a posse de Olarte, os suplentes Magali Picarelli (PMDB) e Loester Nunes (PMDB) voltaram ao Poder Legislativo nas vagas deixadas por Edil Albuquerque (PMDB), que foi nomeado titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio (Sedesc) e Jamal Salem, que assumiu o cargo de secretário municipal de Saúde (Sesau).
Pauta
Nesta terça-feira (18) seriam votados três vetos do Poder Executivo de três projetos de leis. Um deles é ao projeto que que estabelece diretrizes de informação aos munícipes dos equipamentos e serviços públicos, de autoria do vereador Elizeu Dionizio (SDD). Outro é à proposta que dispõe sobre o funcionamento de estabelecimentos públicos de educação infantil durante o período de férias de janeiro e julho, dos vereadores Otávio Trad (PT do B) e Paulo Siufi (PMDB). O último veto é referente ao projeto que concede anistia condicional aos proprietários de edificações cuja execução esteja em desacordo com o código de obras e a lei de ordenamento do uso e ocupação do solo, do Carlão (PSB).
No período da tarde, às 15h (de MS), os vereadores participam da posse dos novos secretários municipais e presidentes de autarquias indicados por Olarte. A cerimônia será no plenário da Câmara de Campo Grande.
Do G1 MS
Por: Tatiane Queiroz