CAMPO GRANDE (MS),

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    01/12/2013

    Em MS, polícia investiga divulgação de fotos sensuais de adolescente

    Segundo a Depca, vítima contou que perdeu cartão com as imagens.
    Delegado afirma que registros de casos parecidos são constantes.

    Foto: Ilustração


    A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) investiga a divulgação de fotos sensuais de uma menina de 16 anos, moradora de Campo Grande. De acordo com a polícia, ela declarou que as imagens estavam em um cartão de memória perdido por ela há cerca de dois meses.

    A vítima procurou a polícia na sexta-feira (29/11) acompanhada pela mãe, de 40 anos, e de uma advogada.

    Conforme boletim de ocorrência, a mulher soube no dia 27 que fotos da filha dela nua e em poses sensuais estavam sendo divulgadas em redes sociais. Ela entregou aos policiais cinco folhas de papel com impressões das imagens que foram publicadas.

    De acordo com a delegada Regina Márcia Rodrigues, o crime a ser apurado neste caso é o previsto no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de "apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente".

    Ela ressalta que pode ser condenado de três a seis anos de prisão pelo crime, não só quem faz a primeira divulgação, mas todos os que compartilham imagens citadas no artigo. Regina faz alerta a quem divulga imagens sensuais e/ou pornográfica de adolescentes. "É possível fazer rastreamento e chegar aos envolvidos".

    Segundo a delegada, normalmente os envolvidos em casos como este, quando a vítima tem menos de 18 anos, "são homens esclarecidos e com curso superior".

    O delegado Paulo Sérgio Lauretto, também da Depca, afirma que outros casos semelhantes a esse estão em investigação na unidade policial. Segundo Regina, os suspeitos de envolvimentos em situações como essa justificam a ação dizendo que as adolescentes mandam fotos para eles porque elas querem e que eles são assediados.

    Lauretto afirma que, em muitos casos, são pais e mães que descobrem a divulgação de fotos das filhas. Algumas das vezes essa exposição é feita por ex-namorados e os pais vão tirar satisfação. "Depois eles comunicam a polícia e aí a pessoa já apagou as imagens e fica difícil a materialização do crime", diz a autoridade policial.

    Então, a orientação, conforme Lauretto, é procurar a polícia antes de conversar com os suspeitos. Deixar esse procedimento para os investigadores. O delegado fala ainda que, em alguns casos, a investigação aponta que "quem tem se exposto é a própria adolescente".


    Do G1 MS
    Por: Nadyenka Castro
    Foto: Ilustração

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