CAMPO GRANDE (MS),

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    29/11/2013

    Adonis Marcos explica o que a população espera do próximo Governador

    "Hoje ganha as eleições aquele que possui mais recursos financeiros", afirma o candidato a deputado e dirigente do PTB

    Divulgação

    Com os possíveis nomes escolhidos para as disputas das eleições do ano de 2014, principalmente para o tão almejado cargo de Governador do Estado do Mato Grosso do Sul, o cenário político local se prepara para o próximo pleito.


    No entanto a população sul-mato-grossense espera muito mais que simples promessas de campanha, sempre baseadas em pesquisas que procuram conhecer o que a população necessita naquele momento, no entanto, sem conhecer o problema específico de cada cidadão e sem resolver problemas comuns que envolvem toda a população de determinada localidade.

    Provavelmente os candidatos ao Governo sul-mato-grossense serão aqueles que a maioria dos populares comentam nas conversas sobre política. Os principais nomes seriam do advogado e empresário Eduardo Bottura, do PTB, o petista e Senador da República, Delcídio do Amaral, e o ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad. Por fora, o deputado federal Reinaldo Azambuja, pode ser outra opção. A pastora Janete também é cotada entre esses nomes, ela que é do PSB. Sobre o deputado federal Edson Giroto do PR, se comenta nos bastidores que provavelmente será vice na chapa de Nelson Trad.

    Adonis Marcos, uma das lideranças do PTB no estado, e pré-candidato à deputado, em conversa com o Portal I9, explicou quais são os verdadeiros anseios da população sul-mato-grossense, e o que esperar de cada candidato para a próxima administração:

    "As pessoas querem mudanças na estrutura administrativa, mas essas mudanças precisam vir com certa cautela de credibilidade. Ou seja, o Bottura pode fazer mais que o André? Pode. O Nelson pode ser mais humanista para o estado, do que foi para a cidade de Campo Grande, solucionar problemas da saúde, reforma agrária, tentar resolver a questão indígena, melhorar as condições dos assentamentos? Pode. Qualquer candidato pode ser bom, desde que pense enquanto povo".

    "Antes das eleições os pretensos candidatos contratam institutos de pesquisas , perguntando às pessoas o que elas mais precisam. Baseados nesses diagnósticos, os políticos traçam metas de campanha. Assim conhecem os problemas de cada município, e quando o candidato que apenas representa o próprio partido sobe no palanque, sabe muito bem o que irá dizer, e mexerá com o emocional das pessoas. Falam tudo o que os presente estão sentindo e precisando, parece ser um expert naquele determinado assunto. Isso não vai resolver o problema, o próprio candidato ao governo do Estado, propriamente tem que conhecer a realdade de cada região, conhecer as pessoas, saber a situação na qual se encontram, e buscar uma solução viável para todos".

    "O pretenso candidato deve conversar com cada cidadão, e deixar de se utilizar de 'marqueteiros' profissionais de renome, que são contratados para fazer o melhor produto, escolhem até a cor da camisa que o candidato deverá usar na televisão. O candidato é o único que não manda na campanha, ele é dominado pelo marketing. Penso da seguinte forma, não existe pensamento próprio, não existe ideologia pessoal, e sim um maquiamento, toda uma forma de enfeitar um candidato. Se a pessoa quer me representar, ela que venha até nós para dizer o que pretende fazer para o nosso estado do Mato Grosso do Sul".

    "Hoje ganha as eleições aquele que possui mais recursos financeiros. Qualquer um que queira ser candidato, seja qual o partido, qualquer cargo, te perguntarão quanto em dinheiro tem para gastar, em seguida vão responder quantos votos você terá. Esse é o pensamento conservador de muitos dirigentes de partido".

    "Estive em mais de quarenta municípios de nosso estado e conversei com diversas pessoas. Todas querem saber apenas o que cada candidato tem de verdade, não as promessas frias e demagogas. O que de fato farão? Com qual recurso? Vai resolver o problemas da saúde? Como? É necessário aumentar o número de profissionais da segurança, de professores, médicos? Ou melhorar os salários e a estrutura para trabalharem decentemente e atender a população com mais qualidade? São vagas promessas feitas em época de campanha, pois no Brasil mentir não é pecado, um político não mente, ele falta com a verdade. Em cada período eleitoral temos iluministas que vão acabar com a fome, e todos demais problemas da nação. É o velho discurso da incapacidade".

    "Acredito que o candidato ao Governo do Estado deve ter, humildade, perseverança, e sobretudo ser perspicaz, mas além dessas qualidades ele precisa principalmente de projetos. Não quero ouvir demagogia, não quero ouvir filosofia, ou iria até uma faculdade ouvir professores para isso. Nós queremos realidade, e vamos avaliar o discurso de cada candidato ao governo. Dizem que vão baixar os impostos. Mas vão tirar de onde para cobrir esse dinheiro? Vão melhorar a estrutura e as condições dos trabalhadores? Ninguém trabalha desmotivado. O Governador do Estado precisa ser coerente nos pensamentos e idéias, que converse com a população, que debata os problemas do Mato Grosso do Sul, sem receber punição. Existe o representante do povo para a política, bem como existe a política para o povo. Com graves problemas na saúde, temos um governador que é médico, e praticamente nada fez pelo setor. Por mais crítica que façam ao ex-presidente Lula, eu também as faço, ele tirou 40 milhões de pessoas da miséria. É assistencialismo, mas acabou em grande parte com a fome em nosso país."

    "Muita coisa precisa ser feita no Brasil, e não serão em quatro ou oito anos que tudo será feito e resolvido. Muitas áreas da cidade não possuem sistema de abastecimento de água, asfalto, ente outros serviços básicos. Temos muito o que fazer, e não tenho preferência por partidos ou candidatos, minha maior preocupação são os projetos apresentados. Você quer ser meu governador, qual seu projeto? Precisamos de modernização, industrialização, parar de politicagem. Defendo que cada setor das secretarias seja um técnico que conheça a área que vai atuar, desse modo todas as secretarias funcionarão em benefício exclusivo do povo sulmatogrossense".

    "Para finalizar, todos esses nomes apresentados para disputar a cadeira de Governador do Mato Grosso do Sul até agora são ótimos, mas que mostrem à que vieram, e aquilo que precisa ser realizado de importante. Não vou votar pela faixa etária, pela idade, não vou votar por simples simpatia. Tenho conversado isso por onde ando, ninguém está pautado em preferências pessoais, todos querem apenas projetos para o bem comum. Quer ser meu governador, me mostre o que pretende fazer", finalizou Adonis Marcos, ao Portal I9.



    Fonte: i9
    Por: Alexandre Zorzetti Da Redação

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