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Foto: ASSECOM |
Após participar em Brasília de reunião com o presidente do Paraguai, Horário Cartes, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na última segunda-feira, e do Congresso Internacional de Investidores do MERCOSUL, na semana passada, o deputado estadual Paulo Corrêa usou a tribuna durante a sessão hoje (02/10), da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, para relatar os principais assuntos discutidos nos dois encontros.
Paulo Corrêa é presidente da Comissão de Turismo, Indústria e Comércio da Assembleia e participou da reunião na CNI a convite do presidente da Fiems, Sérgio Longe. Ao falar sobre o encontro, novamente Paulo Corrêa criticou o MERCOSUL, reafirmando que o bloco não está cumprindo com sua proposta inicial de integrar os países envolvidos e destacou que essa integração só é possível através de pactos bilaterais.
“O MERCOSUL não existe. Existe uma briga política. Estamos brincando de fazer um bloco comercial aqui, enquanto existem outros blocos sérios no mundo. Mas, o mais importante é que hoje há a uma boa vontade da presidente Dilma com o presidente Horácio Cartes para que aconteça efetivamente a união entre os dois países”, pontuou.
De acordo com o parlamentar, durante a reunião em Brasília, Horácio Cartes afirmou que o Paraguai está de portas abertas para os empresários brasileiros investirem no país.
“O Paraguai está aberto a receber os empresários brasileiros e tem uma lei, que é a Lei de Maquila, que possibilita muitas coisas que no Brasil não são permitidas, além de uma baixa taxa de imposto de renda e energia elétrica 30% mais barata que a nossa. A bola da vez é o Paraguai e Mato Grosso do Sul não pode ficar de costas para este país que tem seis milhões de consumidores. Já conversamos com o prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novais e a proposta é construir um núcleo industrial em Pedro Juan Caballero, trazendo energia elétrica de Capitán Bado para Pedro Juan Caballero e do lado do brasileiro, a ideia é implantar um Centro de Distribuição. Esta relação bilateral é muito importante para MS, porque poderemos levar produtos, passando pelo Centro de Distribuição e entrando no Paraguai, gerando emprego e renda nos dois países”, explicou Paulo Corrêa.
Outros assuntos discutidos durante a vista de Horácio Cartes a Brasília foram segurança na fronteira com relação a drogas e aftosa, possibilidade de oferecer atendimento público de saúde no Paraguai e no Brasil para as pessoas que residem na região de fronteira e a ligação bi-oceânica do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, através da ponte rodoferroviária.
“O Sistema Integrado de Saúde da Fronteira, o SIS Fronteira, é uma discussão antiga e um sonho. Saúde não tem fronteiras. Temos que fazer um cartão válido tanto no Brasil, quando no Paraguai. A discussão é: quem vai bancar isso? Pode ser Itaipu. Afinal, o custo não é tão alto. Temos que cuidar da saúde dos dois lados, porque nós temos brasiguaios que moram no Paraguai e outros que moram no Brasil e eles têm os mesmos direitos garantidos ao restante da população. Somos muito próximos do povo paraguaio e esta barreira precisa ser derrubada”, destacou Paulo Corrêa.
Segundo ele, em novembro a presidente Dilma Rousseff deve visitar o Paraguai, para lançar um conjunto de ações do MERCOSUL, vista que vai contar com a presença dos membros da Comissão de Turismo, Indústria e Comércio da Assembleia. Paulo Corrêa também sugeriu uma reunião entre a Comissão e o presidente paraguaio, visando discutir ações conjuntas entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai.
Fonte: ASSECOM
Foto: ASSECOM