Ele está em audiência e teve que parar fala por causa de manifestantes.
Na Assembleia Legislativa há professores, políticos e universitários.
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Manifestantes na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Foto: Rodrigo Grando/TV Morena) |
O ministro da Educação, Aluízio Mercadante, foi interrompido duas vezes por manifestantes durante discurso em audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, na tarde desta sexta-feira (4/10).
A primeira interrupção foi logo no início da fala do ministro. Manifestantes gritaram pedindo reforma agrária e demarcação de terras indígenas. Mercadante parou o discurso e só continuou quando os gritos de ordem terminaram.
Aproximadamente 10 minutos depois, nova interrupção. Dessa vez, uma integrante do grupo dos universitários pediu, do local onde estava, que houvesse na mesa um representante dos estudantes. E o ministro respondeu: “Vocês têm todo o direito de estarem aqui, mas eu peço que me deixem continuar falando”. Ele foi então aplaudido e seguiu com a fala.
Mercadante chegou à Assembleia por volta das 16 horas (de MS), com duas horas de atraso e encontrou no local diversos manifestantes. Há estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), profissionais da educação e sindicalistas.
Os universitários e integrantes de sindicatos e associações de funcionários da instituição de ensino pediam a saída da reitora Célia Maria e trabalhadores em educação falaram em série de reivindicações. As pessoas ligadas à UFMS explicaram querem a exoneração da reitora porque ela poder comprometer investigações da Operação Sangue Frio, da Polícia Federal (PF), que resultou no afastamento do ex-diretor do Hospital Universitário (HU), José Carlos Dorsa.
Na versão deles, Célia pode ameaçar e manipular funcionários do HU, comprometendo a lisura das investigações. Sobre isso, o ministro disse. “Vamos aguardar a investigação e não podemos fazer nenhum pré julgamento”.
O ministro falou também sobre os royalties do pré-sal destinados à educação. “São R$ 300 bilhões com este recurso. O governo federal vai ter muito recurso para ampliar parceria com o estados. Temos que avançar na escola integral, no salário dos professores e os royalties podem ajudar”. Segundo ele, a o resultado da utilização do dinheiro deve ser visto daqui a cinco, seis anos.
O Plano Nacional de Educação (PNE) foi outro assunto questionado ao ministro. O último é de 2010. Um novo está sendo preparado. São 20 grandes metas para 10 anos. Vai desde a educação infantil até o ensino técnico e a pós graduação. “É a grande esperança para que o Brasil vire um país desenvolvido. Temos que ter educação de qualidade”.
Profissionais da educação de Mato Grosso do Sul vão entregar ao ministro uma série de reivindicações, entre elas, que não seja aprovado o pedido dos governos estaduais para que o índice nacional do salário da categoria seja reajustado somente com os 50% do Fundo do Desenvolvimento da Educação (Fundeb) consolidado. Os trabalhadores defendem aumento com base na inflação mais o Fundeb.
Fonte: G1 MS
Por: Fabiano Arruda