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CG,

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    24/06/2013

    Protesto contra a corrupção vai à Câmara amanhã, no 5º ato contra os vereadores

    Foto: Luiz Alberto


    O quarto protesto contra corrupção vai ser amanhã, a partir das 9h, na Câmara Municipal de Campo Grande. O grupo vai pressionar pela aprovação do projeto de lei que estabelece "ficha limpa" para todos os servidores públicos municipais. Esta será a quinta manifestação na Casa de Leis desde quinta-feira (20), quando teve início a onda de manifestações na Capital.

    Pelo Facebook, integrantes do “Vem pra rua CG”, convocam manifestantes para comparecerem à Câmara nesta terça-feira (25). O IV Ato Público em Campo Grande acontece pela primeira vez durante o dia. As outras três manifestações ocorreram no início da noite e levaram quase 70 mil pessoas às ruas de Campo Grande. 

    Outro grupo de manifestantes também ameaça protesto na Câmara contra a declaração do vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), que teria chamado manifestantes de “vagabundos”. O vereador já se desculpou, mas manifestantes exigem uma retratação na tribuna da Câmara.

    A primeira manifestação na Câmara aconteceu na quinta-feira (20), quando, aproximadamente, 100 pessoas protestaram contra o café de luxo de mais de R$ 9 mil por mês dos vereadores. Em meio a vaias e muito protesto, os vereadores resolveram ouvir os manifestantes, que fizeram várias críticas e pediram que os parlamentares cumpram, efetivamente a função deles.

    Uma das manifestantes disse que não achava justo ver descontado R$ 30 do salário dela para ter que ir à Câmara cobrar para que os vereadores cumpram a obrigação deles.

    No período da noite os manifestantes voltaram à Câmara para protestar, avisando que foram tomar café. O protesto se repetiu na sexta-feira (21), quando o clima ficou tenso. Os manifestantes tentaram arrombar a porta da Câmara e entraram em confronto com os guardas municipais

    Temendo a invasão do prédio da Casa de Leis, a Guarda Municipal pediu o apoio da Tropa de Choque, que atuou pela primeira vez em Campo Grande com a utilização de gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e balas de borracha.

    No sábado (22), os manifestantes voltaram à Câmara, mas a tropa de choque não precisou ser chamada, embora eles tenham voltado a fazer protesto contra o café dos vereadores. A turma gritava que "víemos tomar café", em alusão ao "café de luxo" dos vereadores.

    Ficha Limpa

    O projeto de lei de autoria da vereadora Luíza Ribeiro (PPS) exige ficha limpa para emprego público em Campo Grande. Ele determina que ocupantes de cargos em comissão apresentem, no ato da posse, certidões de ações cíveis e criminais, emitidas pela Justiça Federal e pelo Tribunal Regional Federal.

    A lei também atinge funcionários da Câmara e auxiliares do prefeito, que deverão ratificar a condição anualmente. Os nomeados deverão comprovar no prazo de 90 dias que não são ficha suja. Os vereadores justificam que a emenda tem o objetivo de aprimorar o sistema de normas destinado a garantir a proteção da administração pública contra os maus gestores, que tragam em sua biografia a prática de atos desabonadores, no que se refere à probidade administrativa e à moralidade da administração pública.

    Os autores ressaltam que a “Lei da Ficha Limpa” significa um grande avanço formal para a moralização da política e a garantia de transparência nas relações entre os administradores públicos e a população, impondo uma necessária barreira de assepsia política. O projeto terá uma emenda do vereador Paulo Siufi (PMDB), que incluiu os conselheiros municipais na lista.


    Foto: Luiz Alberto
    Fonte: Midiamax
    Por: Wendell Reis
    Foto: Luiz Alberto