Notícias, acidentes, economia, política, policial, concursos, empregos, educação, ciência, saúde e cultura.

CG,

  • LEIA TAMBÉM

    24/06/2013

    PMDB e PT vivem posições antagônicas em ano pré-eleitoral rumo ao governo

    Enquanto peemedebistas administram racha, petistas caminham para o consenso


    Simone, Nelsinho e André em encontro
    Delcídio é nome de consenso no PT
    Aliados no plano nacional, PMDB e PT vivem posições antagônicas em ano pré-eleitoral rumo à sucessão do governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), em 2014.

    Enquanto peemedebistas administram um racha, os petistas caminham para o consenso em torno do nome do senador Delcídio do Amaral (PT). Pelo menos por enquanto não há foco de resistência dentro dos quadros do partido de oposição do governo estadual.

    Hegemônico no Estado, o PMDB administra uma divisão interna envolvendo o interesse pela candidatura ao governo entre a vice-governadora Simone Tebet e o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, atualmente exercendo o cargo de secretário extraordinário de Articulação, Desenvolvimento Regional e dos Municípios.

    O racha preocupa as principais lideranças peemedebistas, porque a situação é exatamente a mesma de 2012, quando o partido expôs uma crise interna na hora da escolha de seu candidato a prefeito de Campo Grande.

    À época, pelo menos três nomes foram avaliados, por meio de pesquisas – o ex-presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Siufi, o deputado federal Edson Giroto, ambos do PMDB, e o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM).

    Indicado sob protesto de setores do partido, que inclusive ameaçaram romper com o grupo, Giroto acabou sendo derrotado no segundo turno das eleições para Alcides Bernal (PP), o que agravou ainda a mais a crise institucional.

    Desta vez, a queda de braço entre Nelsinho e Simone ficou evidente a partir das últimas declarações da vice-governadora, que se antes se dizia apenas uma opção no grupo, agora se coloca na condição de pré-candidata ao governo do Estado.

    “Ainda é incerto no sentindo de não ter o candidato, mas até outubro, bem antes disso, teremos. Estamos focados no fortalecimento das ações do governo, no que o PMDB fez no passado e atualmente. Nas reuniões, em nenhum momento os participantes ovacionam ou aplaudem um menos do que o outro. Está muito claro que o primeiro passo é a candidatura própria e as ações do Governo do Estado”, disse Simone em entrevista ao site Midiamax, garantindo não haver preferências pelo nome dela ou de Nelsinho.

    A vice-governadora relata que alguns dizem que Nelsinho seria o candidato mais forte, mas lembra que a pesquisa qualitativa também será avaliada.

    “O que normalmente estão dizendo é que na quantitativa o nome do Nelsinho é o mais forte, porque sou desconhecida. Tem pesquisa que diz que 25% da população não me conhece. Nunca disputei um cargo majoritário a nível estadual, diferente de outros pré-candidatos. Até por conta disso, a quantitativa não é suficiente”, explicou.

    O partido, segundo ela, fará uma nova pesquisa em julho, quando fará uma avaliação melhor, incluindo avaliação da quantitativa. Simone explica que o fato de ser menos conhecida também ajuda na pesquisa qualitativa, o que a torna menos rejeitada que os outros pré-candidatos.

    Para analistas, a demora do PMDB em definir seu pré-candidato ao governo, apesar de faltar um ano para o início da campanha eleitoral, pode beneficiar os adversários, que já caminham pelo Estado em busca de apoio, como é o caso de Delcídio.

    Outro fator que deve pesar negativamente no PMDB, a exemplo do que ocorreu na disputa pela prefeitura da Capital em 2012, é a provável candidatura do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), ao governo do Estado.

    Azambuja, que está sendo assediado por Delcídio e outros grupos, também estuda a possibilidade de concorrer ao Senado dependendo das articulações políticas que envolvem os principais dirigentes do PSDB em nível nacional.

    Essas movimentações nos bastidores da política estadual têm coloca o governador André Puccinelli na linha de frente das negociações na tentativa de impedir novo fracasso nas urnas no próximo pleito, até porque o PMDB planeja continuar no poder em Mato Grosso do Sul.


    Fonte: conjunturaonline
    Por: Willams Araújo
    Fotos: Divulgação