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CG,

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    01/04/2013

    Puccinelli provoca Delcídio e condiciona candidatura dele à conquista de investimento

    Governador disse que Delcídio ficará distante do Governo do Estado se não concluir MS-419



    O governador André Puccinelli (PMDB) aproveitou o discurso no Encontro Estadual de Prefeitos e Prefeitas de Mato Grosso do Sul com Órgãos Federais, realizado na Associação de Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), para alfinetar o adversário do PMDB na disputa pelo Governo do Estado em 2014, senador Delcídio Amaral (PT). No discurso, Puccinelli condicionou a candidatura de Delcídio à conquista de investimentos para conclusão da MS-419.

    Na presença dos ministros Ideli Salvatti, Relações Institucionais, e Aguinaldo Ribeiro, das Cidades, Puccinelli chamou Delcídio de “Antônio Fagundes do Pantanal” e disse que se ele não conceber a MS-419, “passará ao largo do que pretende em 2014”. A declaração encerrou a abertura do encontro, arrancando risos da plateia de 73 prefeitos, deputados, vereadores e assessores.

    O senador Delcídio Amaral disse que vai se esforçar para garantir os recursos para rodovia. Ele alegou que vai “mexer duro, como já está mexendo” e atribuiu a demora à falta de projeto do Governo do Estado. “Isso é discussão do orçamento. Na verdade, o que faltava era projeto para a 419 e, agora, finalmente nós vamos ter o projeto básico pronto para que efetivamente possamos colocar os recursos federais na obra”, explicou.

    Delcídio aproveitou para dar resposta as alfinetadas de Puccinelli, brincando que se conseguir o recurso, já está garantido em 2014. “Se eu conseguir o apoio para obra, estou eleito, pelo jeito”, analisou. A MS-419 atravessa o Pantanal, ligando a região Sudoeste à região Norte de Mato Grosso do Sul.

    Indagado sobre as provocações de Puccinelli, que um dia o credencia como favorito e no outro diz que ele não é nenhum “Pelé”, Delcídio preferiu deixar a discussão para o ano da eleição. “Dizem que a política é de sístoles e diástoles. Afrouxa, aperta. Mas, essas coisas serão definidas lá na frente”, avaliou.

    A brincadeira de Puccinelli provocou outros deputados. Vander Loubet (PT) e Pedro Kemp (PT) acharam o ponto de vista interessante e chegaram a questionar se isso seria um sinal de aliança. “Foi declaração de apoio isso ai?”, perguntou Vander a Kemp.

    O deputado federal Edson Giroto (PMDB) não descartou uma aliança com o PT. Ele disse que o PMDB está aberto a conversa com todos os partidos e lembrou que há uma aliança entre o PT e o PMDB nacional, que pode ser reproduzida em Mato Grosso do Sul. “Também pode se alinhar em Mato Grosso do Sul. Mas, não é obrigação”, analisou. Giroto disse que a aliança depende de várias coisas, incluindo a união para o progresso e bem estar do cidadão sul-mato-grossense.


    Fonte: Midiamax
    Por: Wendell Reis e Lidiane Kober
    Foto: Cleber Gellio