Em sessão da Câmara, na manhã desta quinta-feira (14/3), vereadores se mostraram avessos ao projeto de Lei para que todo servidor municipal trabalhe 30h semanais, sugerido pelo vereador Paulo Siufi (PMDB). A alusão ao projeto foi feito após audiência pública realizada para discutir a redução da jornada de trabalho dos enfermeiros e assistentes sociais. Siufi disparou que a iria melhorar a lei debatida em audiência e fazer com que valha para todos os servidores.
O vereador Otávio Trad (PTdoB) avaliou como inviável a proposta. Para ele, não há como generalizar para todos os servidores. “Pode atrapalhar o orçamento da cidade e este não é o momento para sugerir esse tipo de projeto”, declarou Trad. Para o vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB), o projeto não passa de uma ilusão. “Tem que ver o impacto disso. Iludir é fácil, quero ver colocar o pé no chão”, frisou.
Na análise do vereador Saraiva (DEM) é impossível implantar o projeto. “Não tem como viabilizar. Ainda se fosse para economia. Hoje há deficiência e problemas administrativos. Tudo tem que ter dosagem. È preciso tomar cuidado para não criar expectativas que não são verdadeiras. Não que esse seja o caso, mas eu não apresentaria esse projeto”, enfatizou o democrata.
O líder do prefeito, vereador Alex do PT, questionou se Siufi acredita que foi eleito para ser prefeito, porque essa é uma competência privativa do chefe do executivo municipal. “Isso é fanfarronice e coloca a Casa de leis em descrédito com a população”, retaliou.
Já o vereador Edson Shimabukuro (PSB), ficou em cima do muro. Ele defendeu um estudo para analisar o impacto no orçamento e na administração pública, mas depois disse que é preciso verificar se vai trazer a mesma produção. “Nesse caso a questão é custo benefício”, aludiu.
O vereador Paulo Siufi continuou a bater na tecla de que o projeto visa melhorara a qualidade de vida dos funcionários e da população, dizendo que não vai fazer nada no afogadilho e que não seja pensando na valorização do servidor. Siufi disse ainda que vai conversar com o prefeito sobre a implantação da medida.
Questionado se não estaria querendo fazer politicagem com as declarações, Siufi negou. “Seria mais correto, politicamente, que ele (Bernal) fizesse, do que nós estimularmos. Já sobre como seriam feitas essas contratações que estão difíceis, Siufi disse apenas que “ele (Bernal) dá um jeitinho”.
Fonte: MIdiamax
Por: Diana Gaúna, Wendell Reis
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