| Foto: Cleber Gellio |
O custo do peixe deve ser menor na ponta da cadeia produtiva para chegar mais barato ao consumidor, afirmam produtores de pescado de Mato Grosso do Sul.
A questão foi levantada no lançamento do Plano Safra para Pesca e Aquicultura, que aconteceu hoje em Campo Grande, depois que o ministro da Pesca, Marcelo Crivella, comentou que o produto ficou mais barato com a desoneração de impostos da cesta básica anunciada pelo governo federal, e inclui o pescado.
Para Tarciso José Schoninger, de uma cooperativa de peixes de Bonito (MS), a questão se equipara à necessidade de os supermercadistas baixarem os preços para que o consumidor perceba a variação de preços. “É como todos estão falando por aí, os empresários precisam vender mais barato para o preço cair. Se a gente continuar vendendo caro para os restaurantes e mercados, o preço não vai ter como o preço baixar”, justifica.
Somente Schoninger fornece 400 quilos de pescado por mês, para compradores de Bonito e região. O quilo do pintado que, segundo ele, tem a maior saída, sai por R$ 15. Nos supermercados de Bonito não é vendido por menos de R$ 25, diz ele.
“Se a gente conseguir produzir mais barato, vendemos mais barato e o dono do restaurante também vai poder cobrar menos por um prato, no supermercado já não vai ser tão caro”, acrescenta.
Clóvis da Silva, de Fátima do Sul, tem a mesma a opinião, e defende que o setor deveria ter mais incentivos, como em qualquer outra atividade. “Hoje, somos organizados como qualquer empresa é. Mas elas não pagam impostos, tem outros privilégios”, diz, referindo-se a incentivos fiscais. “Se tivesse uma ajuda para o pescador registrado, já facilitaria bastante”, defende.
Fonte: Midiamax
Por: Zana Zaidan