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| Durante o bate-boca o vereador Alex do PT reclamou que estava sendo hostilizado. |
O líder do prefeito na Câmara, vereador Alex do PT, criou o maior ‘climão’ na Casa de Leis na manhã desta quinta-feira (7), após tecer duras críticas a omissão dos vereadores à administração passada. Peemedebistas e a bancada aliada ao partido dos ex-prefeitos Nelsinho Trad e André Puccinelli, saíram em defesa tentando rebater as acusações e o episódio só não acabou em ‘vias de fato’ porque a turma do ‘deixa disso’ conseguiu apartar o bate-boca generalizado.
O episódio teve início quando o vereador Alex do PT ocupou a tribuna para criticar os 20 anos de omissão dos vereadores e a atitude deles em querer que o prefeito Alcides Bernal (PP) resolva tudo em pouco mais de 60 dias.
Alex começou as críticas dizendo que em 8 anos de Nelsinho nenhuma casa foi construída com recursos próprios da prefeitura. Falou ainda que Campo Grande é a única Capital que vergonhosamente não tem um PCC (Plano de Cargos e Carreiras) para o servidor público. Também que nos dois mandatos de Nelsinho não foi feita nenhuma regularização fundiária.
E o petista foi além, afirmando ser vergonhoso ter dois médicos prefeitos e não ter construído nenhum leito hospitalar a mais para a população. “Tiveram tanta paciência com os governos que antecederam, porque querem exigir em 60 dias que as coisas sejam resolvidas?”, questionou.
Quase no fim de sua fala, o vereador Paulo Siufi (PMDB) e o vereador Carlão (PSB) pediram apartes. Ambos ganharam o tempo de 1 minuto e rebateram as acusações. Siufi disse que Alex estava equivocado e que o PCC dos servidores estava pronto e que cabia ao Bernal concluí-lo.
Nesse momento Alex questionou o vereador “em 20 anos não teve tempo?”. Nessa hora a confusão começou. O vereador Carlão falou da construção dos postos de saúde, a vereadora Luiza Ribeiro (PP) que estava como presidente, interrompeu dizendo que o aparte já tinha acabado. Siufi reclamou que o aparte era de 2 minutos.
O vereador Flávio Cesar (PtdoB) pegou o microfone e colocou mais lenha na fogueira. Começou a dizer em tom elevado “não vamos admitir que falem inverdades”. A vereadora Luiza tentou conter o bate-boca pedindo que Flavio parasse porque ele não estava respeitando a questão de ordem.
A vereadora Rose que presidiu a sessão devido ao Dia Internacional das Mulheres, e tinha ido ao gabinete, deixando Luiza em seu lugar, retornou e começou a bater o sino para que o pessoal parasse de falar, mas a discussão foi ganhando corpo, com vereadores de vários partidos falando ao mesmo tempo.
Flávio Cesar gritava, o pessoal da base de Bernal rebatia dizendo que ele estava desrespeitando o regimento, o que gerou uma discussão imensa em torno do regimento da Casa De Leis.
O vereador Alex começou a reclamar que estava sendo hostilizado, porque toda vez que ele ia se pronunciar tinha um monte de apartes e nesse momento um dos vereadores chegou a dizer que “enfiava a mão na cara do outro”. A confusão só não acabou em socos e tabefes porque a turma do ‘deixa disso’ entrou e conseguiu conter o tumulto.
Após o bate-boca ficou um “climão” na Casa e os vereadores permaneceram em rodinhas, gritando e apontando o dedo um para o outro e a sessão continuou.
As discussões entre a base aliada de Bernal e os vereadores na Câmara. Embora apenas nove dos 29 vereadores apoiem o prefeito, é nítida a vontade de alguns em provocar tensões desnecessárias durante as sessões.
O prefeito tem como aliados na Câmara: Rose Modesto (PSDB), João Rocha (PSDB), Luiza Ribeiro (PPS), Gilmar da Cruz (PRB), Cazuza (PP), Waldeci Chocolate (PP), Alex do PT, Ayrton do PT e Zeca do PT. Os 20 opositores foram eleitos pela coligação do candidato derrotado, deputado federal Edson Giroto (PMDB). Alguns deles chegaram a sinalizar que podem integrar a base do prefeito, mas para que isso ocorra é preciso um acordo que inclui a abertura de espaço (cargos) na administração. (matéria editada para acréscimo de informações às 14h40).
Fonte: MIdiamax
Por: Diana Gaúna, Wendell Reis
Foto: Wendell Reis
