O goleiro Bruno descreveu a morte de Eliza no Fórum de Contagem Foto: Fabiano Rocha |
Interrogado na tarde desta quarta-feira no julgamento pela morte da Eliza Samudio, no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, Bruno Fernandes negou ter sido o mandante do crime: “Excelência, como mandantes dos fatos, eu nego. Mas, de certa forma, me sinto culpado”, disse. O goleiro apontou Luiz Henrique Romão, o Macarrão, como o responsável pela ordem do assassinato, e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, como o executor.
Bruno também relatou, chorando muito, que Eliza teria sido morta, esquartejada e, depois, jogada para os cachorros. Segundo o goleiro, foi seu primo, Jorge Luiz Rosa, que era menor de idade na época do crime, que contou os detalhes sobre o assassinato. Em novembro, Jorge deu um depoimento semelhante no julgamento de Macarrão e Fernanda Gomes de Castro, ex-mulher de Bruno, condenados a 15 anos e a 5 anos de prisão, respectivamente.
A descrição de Bruno sobre a morte de Eliza fez com que Ingrid Calheiros, atual esposa do goleiro, chorasse pela primeira vez durante o julgamento. Já a ré Dayanne Rodrigues, ex-mulher de Bruno, se manteve tranquila e chegou a sorrir em alguns momentos. A mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura, que chorou por várias vezes ao longo do julgamento, permanece séria durante todo o depoimento do goleiro.
Bruno conversa com um de seus advogados Foto: Fabiano Rocha |
Depois de responder às perguntas da juíza e de seus advogados, Bruno foi inquirido pela promotoria. No entanto, numa estratégia que já havia sido antecipada pela defesa, ele não respondeu a nenhuma pergunta. Questionado pelo promotor, que tentou apontar incongruências em seu depoimento, o goleiro apenas ficou de cabeça baixa.
Em seguida, mais uma vez ouvido pelos advogados de defesa, Bruno revelou que tem medo de Marcos Aparecido dos Santos e que se sentiu ameaçado por ele. Chorando mais uma vez ao ser perguntado pelo advogado Lucio Adolfo se poderia ter evitado a morte de Eliza, ele respondeu que sim. Neste momento, o advogado de Bola, Ércio Quaresma, inicia o interrogatório de Bruno, mas os advogados do goleiro já disseram que ele, a exemplo do que ocorreu com a promotoria, não responderá.
Bruno ficou emocionado durante o depoimento Foto: Fabiano Rocha |
Fonte: Extra
Por: Carolina Heringer