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    12/03/2013

    Antônio João depõe sobre Bernal e diz que tem "gravação" do mensalão

    Antônio João dando entrevista na delegacia de polícia
    O presidente regional do PSD e dono do jornal Correio do Estado, Antônio João Hugo Rodrigues, prestou depoimento esta tarde (12/3) ao delegado Dmitri Erik Palermo, da 3ª Delegacia de Polícia, em Campo Grande, em razão de queixa apresentada pelo prefeito Alcides Bernal (PP), que se sentiu ameaçado pelas postagens do empresário e de Jeferson Luiz Martins Mattos, no Facebook.

    Antônio João ficou menos de 10 minutos com o delegado. Indagado sobre o depoimento, o delegado informou: “Só perguntei a ele se tinha ameaçado o prefeito e ele respondeu que não e que só fez um comentário irônico”.

    À imprensa, Antônio João também falou sobre outras postagens em redes sociais e deu a entender que tem "gravação" da proposta de "mensalão" para os vereadores.

    O diálogo que originou o pedido de abertura de inquérito, postado na página de Antônio João no Facebook (www.facebook.com/ajhugorodrigues), foi o seguinte: “Chávez morreu de câncer. E o Bernal vai viver por muitos anos, a menos que engasgue com uma bala de hortelã. Vamos ter muita diversão ainda”, escreveu o empresário na rede social, em resposta à declaração do seguidor Jeferson, segundo quem: “fim de ditador é morrer a bala!”.

    Antes de Antônio João falar com o delegado, Jeferson tinha prestado depoimento e saído da delegacia sem falar com a imprensa.

    Amanhã, segundo o delegado Dmitri Palermo, será encaminhado Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), que foi assinado pelos dois investigados, ao Juizado Especial Criminal. “Lá os dois voltarão a ser ouvidos e o juiz vai decidir se vai dar continuidade ao caso”, explicou o delegado. Por se tratar de apuração de crime de menor potencial ofensivo, conforme Dmitri, não há mais nada a ser feito na área policial. “Se o juiz entender que houve crime, os dois responderão por ameaça”, informou.

    Acompanhado de advogado, o empresário Antônio João disse à imprensa que não ficou intimidado com a notícia-crime apresentada pelo prefeito Alcides Bernal à Polícia Civil. “Não intimida. Isso para mim é coisa de doido. É uma molecagem”, reclamou o empresário. Disse que vai continuar postando críticas sobre Bernal. “Sempre fiz isso e não é por causa dele que vou parar”, garantiu.

    Para Antônio João, é até normal que um governante processe alguém por algo que não gostou, mas considera que houve um exagero por parte de Bernal. “Achar que é ameaça de morte falar de uma bala de hortelã é demais”, declarou ele. Revoltado por estar na delegacia, por causa de Bernal, o empresário desabafou: “Vai para o inferno. Já enfrentei muito bicho, mas isso que está acontecendo é absurdo”.

    Lembrou, então, dos enfrentamentos do passado.“Já enfrentei muita confusão até com governadores. Você não era nem nascida quando enfrentei o José Frageli”, afirmou à jornalista que o entrevistava.

    Gravação sobre “Mensalão” – O empresário Antônio João Hugo Rodrigues disse também esta tarde, em entrevista ao Campo Grande News, que tem como provar que o prefeito Alcides Bernal ofereceu R$ 10 mil por mês para cada vereador que passasse a apoiá-lo na Câmara de Campo Grande. “O fato é que existe isso e eu tenho como provar”, garantiu ele.

    Indagado se a informação sobre a proposta de “mensalão” ele recebeu dos vereadores do partido dele, o PSD, Antônio João agiu de forma mais cautelosa. “Não vou falar. Se foi alguém do meu partido não faz nenhuma diferença. Mas vamos ter uma surpresa muito grande ainda”, avisou o presidente regional do PSD. “E se eu provar com gravação? O que o Bernal vai fazer? Vai renunciar de vergonha ou vai dizer que é mentira?”, questionou.

    Sobre a possibilidade de articuladores políticos de Bernal ainda estarem tentando fazer maioria na Câmara da Capital, através de “mensalão”, Antônio João considera que houve uma paralisação. “Acredito que parou”, disse.

    Fonte: campograndenews
    Por: Zemil Rocha e Viviane Oliveira
    Foto: Simão Nogueira