CAMPO GRANDE (MS),

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    31/01/2013

    Inquérito do vazamento de curtume é encerrado 1 ano após incidente

    Laudos da perícia apontam falhas no transporte do produto na empresa.Delegado diz que nove pessoas serão indiciadas pelo incidente.



    Bombeiros no curtume em Bataguassu após
    acidente (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)
    A Polícia Civil de Bataguassu, a 335 km de Campo Grande, concluiu nesta semana o inquérito sobre o vazamento de gás em um curtume da cidade que deixou quatro pessoas mortas e 28 intoxicadas. Nesta quinta-feira (31/1), o incidente completa um ano e, de acordo com o delegado José Carlos Almussa Junior, nove pessoas foram indiciadas por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, e pelo crime ambiental de poluição.

    Almussa disse que foi possível constatar falhas na entrega de produtos químicos dentro da empresa. O G1 tentou contato com a assessoria da companhia, mas não obteve retorno.

    O delegado explicou que um produto utilizado para a limpeza do couro foi despejado por engano em um tanque com crômio. As mistura indevida causou uma reação química que liberou um gás nocivo à saúde.

    Almussa preferiu não informar os nomes dos suspeitos porque eles ainda não foram notificados a respeito.

    O caso

    Conforme a polícia e Corpo de Bombeiros informaram na época do vazamento, 21 funcionários da empresa foram encaminhados a um hospital, destes, 3 ficaram em uma unidade de saúde de Presidente Prudente.

    O curtume foi interditado por três meses pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O órgão informou que se tratava de uma medida de proteção para que esse tipo de acidente não se repetisse e entrou com uma ação por danos morais coletivos contra a companhia. A próxima audiência do processo está marcada para o dia 20 de fevereiro de 2013.

    Uma procuradora do MPT fez uma vistoria no local acompanhada por um analista pericial. Conforme o órgão, foram encontradas falhas na sinalização, na segurança dos procedimentos formais para o uso de produtos químicos e nas medidas de proteção coletiva na prevenção de acidentes com substância.


    Fonte: G1 MS