Ele é um dos 38 réus do processo do mensalão que será julgado em agosto.
Segundo assessoria, Jefferson deve passar por cirurgia semana que vem.
Roberto Jefferson em imagem desta quarta-feira
(18) em convenção do PTB (Foto: Ed Ferreira /
Agência Estado)
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O ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, está com câncer no pâncreas e passará por cirurgia para retirada do tumor na semana que vem, segundo informou nesta sexta-feira (20/7) a assessoria de imprensa do PTB.
De acordo com a assessoria, a cirurgia deve ser realizada no próximo sábado (28) no Hospital Bom Samaritano, no Rio de Janeiro. O PTB não deu detalhes sobre quando o diagnóstico do tumor ocorreu.
Jefferson foi reconduzido na quarta (18) à presidência nacional do PTB pelo quarto mandato consecutivo. Delator do mensalão, maior escândalo do governo Luiz Inácio Lula da Silva, Jefferson falou com o G1 na convenção do PTB e disse ter convicção de que será absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Roberto Jefferson é um dos 38 réus no julgamento programado para se iniciar no próximo dia 2. O dirigente partidário foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
"Não serei condenado. Não há condição de me condenarem. É um absurdo jurídico tão grande que penso que o Supremo não vai fazer isso", afirmou Jefferson em entrevista antes de ser reconduzido à presidência do PTB.
A acusação
O presidente do PTB é acusado pelo Ministério Público Federal de ter recebido R$ 4 milhões do PT. Segundo os procuradores da República, a cifra teria sido desviada de empréstimos fictícios com aval da cúpula petista a fim de comprar votos de parlamentares para aprovar projetos de interesse do governo. À época, o dirigente petebista integrava a base de apoio do governo Lula.
Jefferson afirma que, no momento em que detonou o escândalo, não tinha ideia da dimensão que a denúncia tomaria. "Pensei que seria uma luta política, mas nunca com esse desdobramento que vivemos hoje. Não imaginei que aquela denúncia pudesse atingir tanta gente e pudesse chegar aonde chegou. Até porque não tinha noção do volume de tudo, sabia apenas algumas coisas", disse.
Do G1, em Brasília