CAMPO GRANDE (MS),

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    19/11/2011

    Dilma diz que a face da pobreza no Brasil é 'negra e feminina'


    Ela participa de encontro com dirigentes de América Latina, Caribe e África.
    Presidente destacou importância do programa 'Brasil sem miséria'. 


    A presidente Dilma Rousseff durante Encontro Iberoamericano 
    de Alto Nível em comemoração ao Ano Internacional 
    dos Afrodescendentes
    Em encontro internacional sobre afrodescendentes neste sábado (19), em Salvador, a presidente Dilma Rousseff disse que a pobreza no Brasil tem a face "negra" e "feminina". Ela participou do Encontro Iberoamericano de Alto Nível, com a participação de líderes da América Latina, Caribe e África.

    “O combate à pobreza e a geração de empregos [...] são importantes fatores de inclusão social dos afrodescendentes até porque, no Brasil, a pobreza tem duas faces: negra e feminina e muitas vezes até infantil”.

    Dilma disse que o objetivo de seu governo é “resgatar essas populações” e destacou o programa "Brasil sem miséria". O plano visa “superar a extrema pobreza” e retirar 16 milhões de brasileiros que vivem em situação de miséria.

    “Nós temos o compromisso de buscá-los e retirá-los da pobreza. Não é mais as populações correndo atrás do Estado, é o Estado correndo atrás dos negros e negras do país, dos brancos e brancas e dos índios que vivem em estado de extrema pobreza”.


    Em discurso no Palácio Rio Branco, na capital baiana, Dilma ressaltou a importância da América Latina e da África para a formação do que chamou de “biodiversidade cultural” brasileira.

    “Nossa biodiversidade cultural talvez seja uma das maiores riquezas do Brasil e eu acho que nós, de fato, estamos aqui num encontro entre dois continentes, América Latina e Caribe de um lado e África de outro. Essa diversidade cultural nos une, nos define e nos enriquece”.

    Ela afirmou que as mulheres negras são “duplamente reprimidas ao longo da história por seu gênero e sua raça” e, em tom de humor, disse que as políticas afirmativas do governo visam as mães de família, porque elas são “incapazes” de gastar benefícios como o Bolsa Família “no bar da esquina”.

    “Sabemos, sem ter uma posição de detrimento aos nossos companheiros homens, que as mulheres são incapazes de receber os rendimentos e gastar no bar da esquina", disse.


    Fonte: g1
    Por: Priscilla Mendes e Lílian MarquesDo G1 em Brasília e em Salvador
    Foto: Manu Dias/ Governo da Bahia