CAMPO GRANDE (MS),

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    06/09/2017

    Mulher de novo diretor do Detran pede demissão para evitar nepotismo

    Dione Hashioka tinha cargo no governo e o marido, Roberto Hashioka, foi nomeado nesta semana depois que ex-presidente, alvo de operação, pediu para sair

    Dione Hashioka ao lado do marido, o presidente do Detran (Foto: Facebook/Reprodução)
    Ex-deputada estadual Dione Hashioka (PSDB), que era assessora especial do Governo de Mato Grosso do Sul, foi exonerada nesta quarta-feira (6), após pedir demissão. A decisão foi tomada depois que o marido, Roberto Hashioka, foi nomeado diretor do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul).

    A exoneração a pedido foi publicada no Diário Oficial do Estado de hoje, mas o pedido de demissão aconteceu na sexta-feira (1º). Dione conversou com a reportagem do Jornal da Nova e afirmou que a decisão foi um cuidado adotado por ela e seu esposo. “É por conta disso, de estarem os dois no governo, mesmo com ele podendo, pois ele é concursado”, explicou.

    Ainda segundo Dione, a intenção da demissão foi para "evitar comentários maldosos". "Foi muito rápido. Na quarta-feira ele recebeu o convite, na quinta-feira confirmou e na sexta já foi nomeado. Por isso não pudemos protocolar essa carta de demissão antes, mas nessa segunda-feira fizemos isso”, complementou.

    Ao ser questionada sobre a possibilidade de se dedicar ao trabalho de articulação para as próximas eleições, a ex-parlamentar foi discreta: “isso ainda é prematuro”.

    Dione foi nomeada em fevereiro de 2015 para exercer o cargo de assessoramento superior no governo de Reinaldo Azambuja.

    Roberto Hashioka também é funcionário efetivo desde 1981 e está licenciado docargo de fiscal de obras públicas da Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos). Entre outras funções, o engenheiro civil também já exerceu a diretoria da Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos).

    Detran 

    O ex-prefeito de Nova Andradina assumiu a diretoria do Detran, no dia 1º de setembro, depois da operação Antivírus do Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado) investigar crimes de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, peculato e organização criminosa.

    O ex-diretor, Gerson Claro Dino, foi preso durante a operação, mas já está em liberdade. Além dele, foram exonerados dos cargos: Donizete Aparecido da Silva, Celso Oliveira, Érico Mendonça, Gerson Tomi e Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, que exerciam, respectivamente, os cargos de diretor-adjunto, diretor administrativo, chefe de divisão, execução orçamentária, financeira e arrecadação, diretor de tecnologia e servidor, foram exonerados.

    Fonte: campograndenews
    Por: Renata Volpe Haddad


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