CAMPO GRANDE (MS),

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    03/09/2021

    CAPITAL| Operação contra jogo do bicho em MS mobiliza 100 policiais de todas as delegacias

    72 pontos de jogos do bicho estão sendo alvo da operação "Deu Zebra". Ação ocorreu em vários bairros de Campo Grande (MS).

    Policiais mobilizados em operação contra o jogo do bicho em Campo Grande (MS) ©Polícia Civil/Divulgação
    A Operação "Deu Zebra", deflagrada nesta sexta-feira (3) em Campo Grande com o objetivo de combater pontos de apostas do jogo do bicho, mobilizou 100 policiais de todas as sete delegacias da capital, de acordo com o diretor do Departamento de Polícia da Capital e coordenador da ação, delegado Edilson Santos Silva.

    Segundo a Polícia Civil, 72 pontos de jogos do bicho são alvos da operação, que acontece em vários bairros da cidade. As pessoas abordadas são levadas para as delegacias de área para serem ouvidas, assinam um termo de compromisso e comprometimento e são liberadas.

    O resultado final da operação será informado pela polícia no final do dia.
    Um dos locais da operação contra o jogo do bicho, em Campo Grande (MS) ©Polícia Civil/Divulgação

    Jogo do bicho em Campo Grande

    A atividade ilegal continua operando apesar da retirada de banquinhas durante a “Black Cat”, uma das fases da operação Omertà, deflagrada desde setembro de 2019 contra o crime organizado em Campo Grande.

    As banquinhas tradicionalmente ocupavam calçadas em Campo Grande, onde eram recebidas as apostas e feitos os pagamentos de prêmios. Com a saída delas - que foram lacradas em setembro e retiradas em dezembro em ação conjunta da Polícia Civil e da prefeitura de Campo Grande - as apostas são feitas em pontos, que são os alvos da ação.

    Para isso, é utilizado um aplicativo, com maquininhas que passam cartão de crédito e débito. As extrações podem ser vistas na internet, em sites especializados, que trazem os resultados todos os dias, comprovando que as apostas seguem, apesar da investida das forças de segurança.

    A tarefa da operação é interromper a prática além de juntar elementos para identificar os responsáveis pela operação do negócio ilegal.

    A suspeita é que, depois da prisão dos acusados de operar por mais de 30 anos o jogo do bicho em Campo Grande, com as ações da Omertá, outro grupo assumiu os negócios, possivelmente vindo de fora.


    Por Marta Ferreira e João Pedro Godoy, G1MS


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