CAMPO GRANDE (MS),

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    07/06/2021

    MS está na situação de iminente colapso da saúde provocado pelo agravamento da pandemia, diz secretário

    Somente nesta segunda foram confirmados mais 1.650 casos novos e 63 mortes; as UTIs estão com ocupação de 109% e o estado está mandando pacientes graves para outras unidades da federação.

    Secretário estadual de Saúde de MS, Geraldo Resende ©Redes Sociais/Reprodução
    O secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, disse nesta segunda-feira (7), que o estado está na situação de um iminente colapso na área da saúde, provocado pelo agravamento da pandemia de Covid-19.

    Mato Grosso do Sul confirmou mais 1.650 casos novos e 63 mortes provocadas pela Covid. O estado atingiu 303.209 infectados com o novo coronavírus e 7.185 óbitos.

    Apesar dos números elevados, Resende apontou que os dados devem estar ainda defasados, porque trazem informações de um período de feriado seguido ao fim de semana, quando as equipes dos municípios que registram essas informações estão de folga.

    Além de grande número de infectados e mortes, o estado registra uma superlotação nos hospitais. Nesta segunda, 1.303 pacientes estão internados, sendo 751 em leitos clínicos e 552 em unidades de terapia intensiva (UTIs).

    A taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid está em 109% no estado.

    Mato Grosso do Sul tem ainda uma fila com 271 pacientes com Covid ou suspeita de que estão com a doença na fila por um leito clínico ou de UTI nos hospitais.

    Diante desse quadro, o secretário anunciou que vai continuar a mandar pacientes para outros estados. Já enviou 14, sendo 9 para Rondônia e 5 para São Paulo. Outros 5 devem seguir ainda nesta segunda para a capital paulista.

    Ele revelou que a prefeitura de São Bernardo do Campo já ofereceu e o estado vai enviar pacientes para ocupar 5 leitos clínicos e mais 5 de UTI no município.

    O secretário adiantou que conversa ainda com o Amazonas, que também ofereceu ajuda humanitária para o estado neste momento.

    Em outra frente, por meio de uma parceria com a prefeitura de Campo Grande instala a partir desta terça-feira mais 10 leitos de UTI no Hospital do Pênfigo.

    No leste do estado, vai implantar também mais 10 leitos no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, em Três Lagoas.

    Resende atribuiu a situação dramática do estado a “desobediência cega” por parte da população as orientações das autoridades de saúde quanto as medidas de prevenção a Covid. Citou que eventos que ocorreram neste fim de semana são exemplos dessa negação, como a gravação de um DVD em bar de Campo Grande, como mais de 300 pessoas aglomeradas e sem máscaras e um casamento, em uma fazenda em Maracaju.

    Por sua vez, a secretária estadual adjunta de Saúde, Christine Maymone comentou que a situação se agrava também por conta da circulação de uma variante do coronavírus que é quase duas vezes e meia mais contagiosa.

    Por G1 MS


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