Ao destacar a pronta intervenção da Policia Civil de Dourados na elucidação do crime de assassinato cometido contra a empresária Zuleide Lourdes Teles da Rocha, de 57 anos, o deputado Barbosinha (DEM) alertou, durante a sessão remota da Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (23), da necessidade de mais ações no sentido de combater a prática do feminicídio que devasta famílias em várias circunstâncias.
O crime que matou Zuleide, ocorrido no sábado (19) em Dourados, foi esclarecido em menos de 72 horas, “graças à eficiência, o empenho e o trabalho incansável dos policiais do SIG, o nosso Serviço de Investigações Gerais, que só reforçam, o que tenho dito aqui: Mato Grosso do Sul tem a melhor Polícia do Brasil, de longe a que mais esclarece homicídios e, nesse caso, dando pronta resposta para a sociedade de um caso tipificado como crime de feminicídio”, disse Barbosinha.
De acordo com o deputado douradense, os números mostram que a cada 10 dias uma mulher é assassinada pelo crime de feminicídio no Estado. “Isso mostra que precisamos aperfeiçoar nas ações educativas, de conscientização, prevenção, implantar na grade curricular disciplinas específicas e obrigatórias nesse sentido, porque a cada ocorrência dessas uma família é destruída, já que muitas vezes os crimes são cometidos por pessoas do seio familiar, e na presença de filhos, filhas, netos, consumando cenas dramáticas”.
A deputada Mara Caseiro, única representante feminina na Assembleia do Estado, e presidente da Comissão dos Direitos da Mulher e Combate a Violência Doméstica e Familiar, lembrou que Mato Grosso do Sul registrou um aumento de 33% de 2019 para 2020 nos casos de feminicídio, passando de 30 para 40 ocorrências nesse intervalo de tempo. São mulheres, a maioria mães, que deixam filhos e as atividades. Desses 40 casos registrados no ano passado no Estado, 30 eram mães, que deixaram 85 filhos, 13 dos quais após presenciarem os crimes.
De acordo com o deputado Barbosinha, a tragédia familiar que culminou com a execução da empresária Zuleide Teles “é chocante, mas, a resposta rápida das forças de segurança deve contribuir para fazer com que essa prática não ganhe novos adeptos, pelo contrário, seja desestimulada e a nossa sociedade tenha a garantia de que aqui o crime é combatido com o trabalho incansável, permanente e sempre eficiente da nossa Polícia”.
Por: Luciana Bomfim
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