CAMPO GRANDE (MS),

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    04/03/2021

    BONITO| Defensoria Pública investiga casos de violência obstétrica no Município

    Até o momento, seis relatos de pacientes foram registrados no órgão e a defensora pública Thais Roque quer ouvir depoimentos de outras mulheres vítimas do médico denunciado.

    ©ILUSTRAÇÃO
    A Defensoria Pública da comarca de Bonito, em parceria com o Ministério Público, está a procura de mulheres do município que sofreram violência obstétrica para relatarem os atos.

    De acordo com a defensora pública Thaís Roque Sagin Lazzaroto, a investigação tem como motivação os recentes casos de violência obstétrica registrados na Defensoria Pública de Bonito.

    “Em dezembro de 2020, procurou-nos a primeira assistida para relatar seu parto, no qual, segundo suas declarações, o médico que a atendeu na rede pública praticou atos de violência obstétrica e erro médico, consistente no esquecimento de gazes no canal vaginal. Quanto a este caso, já fora ajuizada ação indenizatória na esfera cível”, afirma.

    Em fevereiro, conforme a defensora, outra denunciante procurou a Defensoria Pública relatando um caso semelhante de violência obstétrica e erro médico. Após o parto normal conduzido pelo mesmo profissional, foram detectadas gazes no interior da vagina da paciente.

    "No caso desta assistida, o relato do parto foi divulgado por um portal de notícias e, com o impacto na cidade de Bonito, outras mulheres se manifestaram na rede social Facebook da assistida com relatos de violência obstétrica. Já ajuizamos a ação indenizatória”, explica a defensora pública. Ainda em fevereiro, outras quatro mulheres procuraram atendimento na Defensoria Pública, via plataforma virtual, com relatos de violência obstétrica em tese provocados pelo mesmo médico.

    Diante da relevância do tema, da quantidade de mulheres que se manifestaram e da necessidade de uma atuação estratégica, o Núcleo Institucional de Promoção e Defesa da Mulher (Nudem) expediu ofício à Secretaria de Saúde de Bonito solicitando informações, bem como formulou denúncia contra o médico junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM).

    “Nos reunimos com o promotor de Justiça Alexandre Estuqui e decidimos atuar em conjunto na apuração desses casos, ouvindo todas as mulheres que vivenciaram atos de violência obstétrica ou má prestação dos serviços médicos no momento do parto na cidade de Bonito”, pontua Thaís Roque.

    As mulheres que desejarem relatar os atos devem entrar em contato nos seguintes telefones: (67) 3255-2307 ou (67) 99258-4320.

    Fonte: BONITO NOTÍCIAS
    Por: Ketlen da Silva - Com informações de assessoria

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