CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    26/02/2021

    Investimento em tecnologia agrega segurança e celeridade ao trabalho do TCE-MS

    Diretor da STI do TCE-MS, Daniel Eduardo Funabashi de Toledo ©DIVULGAÇÃO
    Para elevar a excelência na prestação de serviços, o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul investe em uma transformação digital que beneficie a gestão institucional e, consequentemente, a população. Nesse cenário, a tecnologia desponta como a protagonista nos processos produtivos e estratégicos que resultam em ações céleres e inovadoras para agregar segurança, eficácia e agilidade na prestação de serviços à sociedade.

    De fundamental importância nesse contexto, a Secretaria de Tecnologia da Informação do TCE-MS trabalha no desenvolvimento de suportes tecnológicos com foco no aperfeiçoamento do controle externo.

    Na entrevista a seguir, o diretor da STI do TCE-MS, Daniel Eduardo Funabashi de Toledo, fala sobre o processo de Transformação Digital e as ações executadas. Todo esse trabalho está reunido em uma revista recentemente publicada pelo Tribunal.

    TCE - O que é essa transformação digital?

    Daniel - A ideia da transformação digital surgiu de um desafio em modernizar as estruturas tecnológicas do Tribunal com ênfase em maior produtividade, praticidade e qualidade, tanto para nossas áreas de negócios como para jurisdicionados e cidadãos. Esse processo de evolução iniciou em 2019 e o denominamos Transformação Digital, por envolver várias áreas da TI como: Metodologias, Processos, Gestão, Projetos, Sistemas, Segurança e Infraestrutura.

    TCE - O que você pode destacar como um dos pontos principais de sucesso dessa transformação?

    Daniel - São vários, mas principalmente, a adoção e aplicação de técnicas da metodologia ágil como: maior interação entre as pessoas; redefinição de papéis e responsabilidades; desburocratização dos processos; melhoria do planejamento e controle de atividades; a adoção de tarefas com ciclos repetitivos e entregas funcionais. Destaco também o comprometimento dos nossos colaboradores que compreenderam a ideia e nossa dinâmica de trabalho e o comprometimento de nossos usuários, que podemos chamar de nossos clientes que acreditaram na nossa nova proposta de trabalho.

    TCE - Na sua opinião, quais foram as principais entregas da STI?

    Daniel – O número 2 da revista Transformação Digital traz as principais entregas do ano de 2020, contudo algumas foram fundamentais para o TCE, como por exemplo, o nosso carro chefe, o TCE-Digital. Uma plataforma moderna e essencial para as prestações de contas dos jurisdicionados ao Tribunal, que possibilitou uma das maiores transformações digitais da gestão do presidente, conselheiro Iran Coelho das Neves - o TCE Sem Papel. Com essa plataforma zeramos a entrada de papel no Tribunal; todos os processos e documentos passaram a ser virtuais. Em 2019, ano de lançamento do TCE-Digital, iniciamos com o tema Obras e Engenharia; em 2020, evoluímos Obras e Engenharia, incluímos os temas Saúde, Educação, Atos de Pessoal, Legislação, além da Área do Advogado e Protocolo Virtual. Também não podemos deixar de citar o Plenário Virtual, o melhor investimento que realizamos em 2020, lançado em fevereiro, sem imaginar o que estava por vir - a Covid-19 e o home office. Essa fantástica ferramenta além de proporcionar maior celeridade, otimização, praticidade e economicidade, foi e está sendo essencial para a continuidade das sessões durante a pandemia.

    TCE - Você citou a área do Advogado e o Protocolo virtual. O que essas duas entregas têm de significância para o TCE?

    Daniel - A Área do Advogado foi uma importante parceria que fizemos com a OAB-MS que possibilitou aos advogados ativos na OAB usufruir de serviços e atendimentos de forma totalmente eletrônica. Antes era necessário vir fisicamente ao Tribunal para realizar consultas e petições em processos. Agora, tudo online! Já o Protocolo Virtual melhorou muito a qualidade das informações encaminhadas ao Tribunal pelos jurisdicionados, garantindo e presando pela integridade dos dados. Com o Protocolo Virtual conseguimos aprimorar a aplicação de indicadores, pontos de controle, gestão de risco e cruzamento de dados, que são itens fundamentais para as tomadas de decisões das áreas de negócio do Tribunal, por meio de relatórios e painéis que nós construímos.

    TCE - Além da área do advogado, o que mais a STI evoluiu em benefício da sociedade?

    Daniel - Constantemente buscamos tornar prático o acesso às informações do TCE-MS. Baseado nesse conceito, redesenhamos e desenvolvemos Portais que facilitam o acesso dos jurisdicionados e da sociedade aos conteúdos de interesse, como o Portal do TCE, o Portal do Cidadão, o Portal da Auditoria Independente, Ações da Corregedoria e da Ouvidoria do Tribunal.

    TCE - Como a STI foi surpreendida com a pandemia da COVID-19?

    Daniel - Assim como a maioria das pessoas, fomos nos adaptando dia após dia. Nossa maneira de pensar e agir nos permitiu repriorizar nossos objetivos e focar naquilo que era urgente para cada momento e situação. De repente nosso objetivo passou a ser apenas um: o Tribunal não pode parar! A STI passou a ser o protagonista pois todos os servidores e colaboradores necessitavam de um acesso externo, um equipamento para trabalhar em casa, um auxílio da nossa equipe de suporte, enfim, todos dependiam de alguma forma da STI para laborar suas tarefas.

    TCE - Você poderia destacar algumas ações essenciais?

    Daniel - Com certeza, inicialmente destaco a importante e ativa participação do Comitê de Gestão Tática do Tribunal, que nos deu total apoio nas tomadas de decisões. Nossos equipamentos e sistemas não estavam preparados para o trabalho remoto. Estávamos prestes a “abrir” nossas portas para o mundo externo, algo até então não imaginado. Em, aproximadamente, 10 dias reformulamos nossas regras, diretrizes e procedimentos para a nova circunstância. Enquanto a maioria das pessoas se preocupava em como iriam trabalhar “de casa”, o que mais nos assombrava era a segurança. Não podíamos correr o risco de nossas estruturas pararem ou termos nossos dados corrompidos por um vírus ou ataques de intrusos. Fomos para o teletrabalho em Março/2020, quando estávamos em plena entrega do Balanço Geral, uma das principais entregas dos entes Jurisdicionados ao Tribunal.

    TCE - O que podemos esperar para 2021?

    Daniel - Continuaremos focados e alinhados com a missão do Tribunal para dar continuidade no processo de transformação digital. Acolhendo as prioridades determinadas pela nossa Presidência e pautando com o Comitê de Gestão Tática as melhores condições, seguiremos evoluindo nossas estruturas tecnológicas prezando por uma equipe capacitada e qualificada, com o uso de tecnologias “de ponta”, e de soluções simplificadas. Aproveito a oportunidade para agradecer a todos que colaboraram, direta ou indiretamente, com nossas entregas, em especial, a equipe de técnicos da STI que eu chamo de transformadores digitais. São eles que, com espírito colaborativo, estão diariamente engajados em aprimorar e evoluir nossa proposta de trabalho. Sou grato por dirigir esse time que não mediu e não medirá esforços para continuar com a Transformação Digital em 2021.


    Por: Tania Sother

    ***