Em alusão ao Janeiro Branco, mês de conscientização sobre a saúde mental, a ADEP-MS (Associação das Defensoras e Defensores Públicos de Mato Grosso do Sul) realizará uma Live com o tema “Saúde Mental de quem trabalha em home office: questões e implicações”. O evento será no dia 26 de janeiro, a partir das 17h, pelo canal do YouTube da Associação e terá a participação da jornalista e psicóloga Mariana Fiorenza Bianchi Breve.
A Live não será restrita, qualquer pessoa que tiver interesse em saber sobre o assunto poderá assistir por ser um tema muito pertinente, principalmente para aqueles que estão passando pelo processo do trabalho em casa.
Conforme explica a Defensora Pública Linda Maria Silva Costa, presidente da ADEP-MS, a Pandemia duplicou a carga de trabalho e acabou misturando vida pessoal com profissional, o que fez com que muitas pessoas perdessem sua identidade funcional e isso vem resultando em sentimentos e emoções negativas como o estresse, irritação, intolerância, além do cansaço físico e mental.
“Toda mudança exige adaptação e a Pandemia mudou nossa forma de pensar e agir. A ADEP-MS preocupada com o bem-estar dos associados e da população como um todo, decidiu realizar esta Live visando ajudar os profissionais a como repensar a vida, a rotina e deixar bem destacado que a saúde mental é um tema que precisa ser abordado nas empresas e instituições, pois pode desencadear diversos sentimentos e doenças no futuro, além de ser um fator que interfere na produtividade do colaborador para com o trabalho”, ressalta.
O objetivo da campanha Janeiro Branco é chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à Saúde Mental e Emocional das pessoas. A escolha do mês leva como justificativa o fato de as pessoas estarem mais propensas a pensarem em suas vidas, em suas relações sociais, condições de existência, emoções, entre outras coisas. E quando se fala em saúde mental não tem como não destacar a influência do trabalho.
De acordo com uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que analisou o impacto da pandemia e do isolamento social na saúde mental de trabalhadores essenciais, mostrou que sintomas de ansiedade e depressão afetam 47,3% desses trabalhadores durante a pandemia, no Brasil e na Espanha. Mais da metade deles (e 27,4% do total de entrevistados) sofre de ansiedade e depressão ao mesmo tempo. Além disso, 44,3% têm abusado de bebidas alcoólicas; 42,9% sofreram mudanças nos hábitos de sono; e 30,9% foram diagnosticados ou se tratou de doenças mentais no ano anterior.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), no Brasil, 11,5 milhões de pessoas sofrem com depressão e até 2030 essa será a doença mais comum no país. A Síndrome de Burnout ou esgotamento profissional também vem crescendo como um problema a ser enfrentado pelas empresas e, de acordo com um estudo realizado em 2019, cerca de 20 mil brasileiros pediram afastamento médico no ano por doenças mentais relacionadas ao trabalho.
Convidada: Jornalista formada em 2010 pela UNIDERP, tendo atuado na área por cinco anos em veículos de jornais diários. No fim de 2012 iniciou o curso de Psicologia pela UFMS com o claro objetivo de ser psicóloga clínica com foco na saúde do trabalhador. Em 2018 colou grau como psicóloga e desde então tem seu consultório, onde trabalha sua escuta pela via da Psicanálise Lacaniana, oferecendo serviços de psicoterapia individual e orientação profissional. Atualmente é pós-graduanda em Teoria e Técnica Psicanalítica pelo Instituto ESPE.
Durante a Live, a psicóloga abordará questões relacionadas ao home office e como isso impacta ativamente a vida dos trabalhadores e familiares; também falará sobre as formas de limite entre o profissional e o pessoal dentro e fora de casa; quais são os sinais de que as coisas não estão indo bem como o stress, irritabilidade, fadiga excessiva, insônia e Burnout; formas de encontrar o equilíbrio e muito mais.
Por: ANA PALMA
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