CAMPO GRANDE (MS),

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    09/11/2020

    CORONEL SAPUCAIA| Executado em atentado não participava de campanha

    Aníbal Ortiz foi morto enquanto bebia com amigos em conveniência ©DR
    Aníbal Ortiz, 45, executado a tiros de 9 milímetros na tarde deste domingo (8) em Coronel Sapucaia, a 400 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai, não participava da campanha eleitoral.

    Fontes ouvidas pelo site Campo Grande News afirmam que a morte dele não tem ligação com as eleições e pode ter sido acerto de contas entre quadrilhas que atuam na Linha Internacional.

    Segundo moradores da cidade, de fato, Aníbal Ortiz é tio de um candidato a vereador na coligação da candidata a prefeita Claudinha Maciel (PSD), mas ele não participava da adesivagem. Aníbal tomava cerveja com amigos em uma conveniência no centro da cidade quando os pistoleiros chegaram e o mataram com vários tiros.

    Os disparos atingiram três pessoas que estavam na campanha eleitoral, entre eles o marido de Claudinha Maciel. Entretanto, segundo as fontes ouvidas pela reportagem, esses feridos foram “efeito colateral”, mas não eram alvos dos tiros.

    Ainda na noite de ontem, a candidata divulgou vídeo nas redes sociais levantando suspeita de que o atentado tenha sido por motivação política. "O que vou dizer pra esse candidato? O tio dele tá morto”.

    Atual vereadora, Claudinha disputa a eleição com o atual prefeito Rudi Paetzold (MDB) e Patrick Pereira (DEM).

    Narcotráfico – O site Campo Grande News apurou que Aníbal Ortiz nem morava mais em Coronel Sapucaia, cidade de 15 mil habitantes e separada apenas por uma rua de Capitán Bado, no Paraguai. Nos últimos tempos ele morava em uma cidade paraguaia no Departamento (equivalente a Estado) de San Pedro.

    Ainda segundo as fontes, Aníbal Ortiz era funcionário do narcotraficante brasileiro Carlos Arias Cabral, o “Líder Cabral”, antigo rival de outro traficante brasileiro famoso, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

    Líder Cabral ficou conhecido durante a guerra que travou com Beira-Mar no início dos anos 2000. Até o filho pequeno dele foi morto em chacina praticada a mando do bandido carioca.

    O traficante foi preso em 2010 no Paraná e condenado a 43 anos de prisão, mas ganhou liberdade e voltou a se refugiar no Paraguai, onde mora em uma de suas fazendas.

    Fonte: CAMPO GRANDE NEWS
    Por: Helio de Freitas, de Dourados

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