CAMPO GRANDE (MS),

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    18/11/2019

    Presa por matar a filha recém-nascida é encontrada morta no presídio

    O crime aconteceu em 4 de janeiro de 2014, na cidade de Bela Vista, mas a interna estava em Campo Grande desde agosto

    ©DIVULGAÇÃO
    Condenada por matar a própria filha recém-nascida, Irene Gonçalves Freitas, de 44 anos, foi encontrada morta em uma das celas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” na manhã desta segunda-feira (18), em Campo Grande. A mulher estava no presídio desde agosto deste ano.

    O crime aconteceu em 4 de janeiro de 2014, na cidade de Bela Vista – a 322 quilômetros da Capital. Irene foi condenada a 18 anos de reclusão, mas só foi presa neste ano. Em 16 de agosto foi transferida da Delegacia de Polícia da cidade para o presídio feminino de Campo Grande.

    Conforme o boletim de ocorrência, Irene estava na cela 10 do pavilhão 2, com mais trinta internas. Em depoimento, uma agente penitenciária contou que na noite de ontem a mulher respondeu o confere de presos normalmente, mas nesta manhã as outras presas avisaram que ela estava com o corpo todo roxo.

    Socorro foi acionado, mas ela já estava sem vida. Não há informações sobre a causa da morte. Ainda segundo a agente, assim que Irene deu entrada no presídio, foi oferecido proteção a ela, mas a interna negou, alegando ser inocente. Perícia e equipes da 2ª Delegacia de Polícia Civil foram ao local e devem investigar o caso.

    Entenda - Irene escondeu toda a gravidez da família e aos 8 meses entrou em trabalho de parto. Para ter o bebê em segredo, chegou a alugar um quarto de motel, mas como as contrações estavam estáveis, resolveu voltar para casa. Horas depois, deu à luz a uma menina no banheiro da residência em que morava.

    A bebê nasceu com vida e teve o cordão umbilical cortado pela própria mãe. Usando um bisturi e sem os cuidados necessários, a mulher causou uma hemorragia na criança e a deixou sangrar até a morte. Depois, enrolou o corpo em uma toalha e o colocou dentro do baú de sua motocicleta.

    Antes de conseguir se livrar do corpo, Irene acabou internada por fortes sangramentos. No hospital ligou para o filho e mandou que ele enterrasse a irmã no quintal. O menino pediu ajuda do tio e juntos eles cavaram um buraco para colocar o corpo da bebê.

    Em dezembro do mesmo ano, Irene foi condenada a 18 anos de reclusão em regime fechado pelo assassinato da filha. A defesa recorreu da decisão e a mulher permaneceu em liberdade, se apresentando mensalmente em juízo, por mais de quatro anos. Só em julho de 2019, a pena foi mantida pela justiça e a ré presa pelo crime.

    Fonte: campograndenews
    Por: Geisy Garnes



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